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Estado de Minas

Autor de texto compartilhado por Bolsonaro é engenheiro filiado ao Novo

Paulo Portinho, analista da CVM, publicou o texto em seu perfil no Facebook no último dia 11


postado em 18/05/2019 18:36 / atualizado em 18/05/2019 18:45

(foto: (foto: Facebook/Reprodução))
(foto: (foto: Facebook/Reprodução))

O texto que classifica o Brasil como "ingovernável fora dos conchavos", compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro pelo WhatsApp na sexta-feira, é de autoria de Paulo Portinho, um analista da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que se candidatou a vereador em São Paulo, em 2016, pelo partido Novo. 

Mesmo com a divulgação do texto por Bolsonaro, Portinho garante não ter vínculos nem conhecer pessoas ligadas ao presidente. Engenheiro, com mestrado em administração, ele se apresenta como defensor da pauta liberal na economia e diz que, embora continue filiado à legenda, não participa das atividades do Novo. Quando concorreu em 2016, obteve 602 votos.

Portinho disse que não teve a intenção de criticar o governo Bolsonaro nem o Congresso quando escreveu o agora famoso texto, publicado no último sábado, em seu perfil do Facebook (veja abaixo a postagem, que até a tarde deste sábado contava com mais de 1,2 mil compartilhamentos). 
"Não foi crítica ao governo nem ao Congresso. A única coisa que quis dizer no texto é o que está acontecendo no Brasil, mas não só agora. A impressão que temos é de que as pautas que vão para a eleição só são implementadas se interessam às corporações", afirmou, em entrevista à Agência Estado. "Quando falo corporação, não estou generalizando, mas sim falando de pessoas que têm muita influência sobre o orçamento público", completou. 


Repercussão

O compartilhamento do texto por Bolsonaro para pessoas próximas repercutiu no meio político. Enquanto aliados viram como sinal de que o presidente está acuado, líderes partidários encararam como sinal de confornto com o Congresso. Neste sábado, Bolsonaro não quis comentar o teor da mensagem e se limitou a dizer que a enviou apenas para "meia dúzia de pessoas".
 
Quando o repassou pelo celular, Bolsonaro escreveu: "Um texto no mínimo interessante. Para quem se preocupa em se antecipar aos fatos sua leitura é obrigatória. Em Juiz de Fora (06/set/2018), tive um sentimento e avisei meus seguranças: Essa é a última vez que me exporei junto ao povo. O Sistema vai me matar. Com o texto abaixo cada um de vocês pode tirar suas próprias conclusões."

Segundo o analista que o escreveu, o texto é uma análise que busca explicar sua visão sobre acontecimentos envolvendo a política brasileira, incluindo também os governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma. "A gente vota em uma pauta liberal, mas a impressão com que ficamos é que nada do que se fala nas campanhas pode sair. Quando você vê a história do Brasil, a história que se tem é que o que se discute na eleição não é exatamente o que dá pra governar", disse Portinho. "E com um governo que tem tantas dificuldades de relacionamento como o governo Bolsonaro, isso fica mais evidente, os atritos são maiores."

"A única coisa que espero, um objetivo pessoal, é que os três Poderes atinjam o nível máximo de racionalidade que eles possam ter. Se não sair a pauta do Bolsonaro, que saia a pauta do Congresso, mas que seja uma pauta que leve o Brasil adiante", afirmou.


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