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Estado de Minas

TSE analisa parceria com UFMG para conter fake news no WhatsApp nas eleições

Professor da universidade se reuniu, nesta semana, com integrantes do tribunal, da Polícia Federal e do governo


postado em 19/10/2018 19:06 / atualizado em 19/10/2018 21:24

Laboratório de Ciências da Computação da UFMG monitoram propagandas e informações que circulam em redes sociais (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Laboratório de Ciências da Computação da UFMG monitoram propagandas e informações que circulam em redes sociais (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, nesta sexta-feira, que está perto de firmar parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no combate às ‘fake news’ em redes sociais, principalmente no WhatsApp. A universidade conta com projeto que atua no monitoramento de casos de abuso de propagandas e uso de robôs na internet.

O TSE analisa ações que pedem a investigação de empresas que compraram pacotes de disparos em larga escala de mensagens no WhatsApp contra o PT e o candidato à presidência da República Fernando Haddad. O caso foi revelado em reportagem da Folha de São Paulo, na quinta-feira.

Após reunião com o professor da UFMG e coordenador do projeto ‘Eleições sem Fake’ Fabrício Benevenuto, o secretário geral da presidência do tribunal, Estevão Waterloo, admitiu que o tribunal estuda a possibilidade de firmar a parceria já para o segundo turno das eleições deste ano.

Durante a semana, representantes do TSE, da Polícia Federal, da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério Público Eleitoral e do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa estiveram reunidos com Benevenuto. O professor explicou que os sistemas desenvolvidos são inovadores e podem ajudar a conter a disseminação de fake news.

Ele conta que o projeto cria um banco de dados público que cruza as propagandas e analisa publicações, verificando a utilização de robôs - chamados de bots - para elevar os números de visualizações e o engajamento nas campanhas. No WhatsApp, a ferramenta monitora as informações repassadas em grupos públicos.

“São ferramentas que abrem as caixas pretas dentro destas redes sociais. Em especial, em como as campanhas políticas ocorrem e tornam isso público e de fácil acesso para quem quiser investigar e analisar se há alguma coisa indevida”, apontou.

Nos laboratórios de Ciências da Computação da universidade, o grupo analisa mensagens e propagandas publicadas no WhatsApp, no Facebook e no Twitter. “No caso do Facebook, temos vários outros problemas, mas o mais grave seriam os anúncios. É possível fazer marketing direcionado de maneira muito agressiva” disse Benevenuto à TV UFMG.

WhatsApp notifica agências e contas são banidas


Nesta sexta-feira, o WhatsApp anunciou que notificou extrajudicialmente as agências, determinando que as empresas parem de fazer o envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet para aumentar o alcance de grupos na rede social. Além da comunicação, o WhatsApp também baniu as contas associadas a essas agências.


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