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Estado de Minas POLÍTICA

Vídeo que mostra urna completando número de candidato é falso, diz TRE de Minas

Imagens compartilhadas por um dos filhos de Jair Bolsonaro mostra urna onde a foto de Fernando Haddad aparece quando o número 1 é digitado. Justiça Eleitoral de Minas acionou técnico para mostrar como montagem foi feita


postado em 07/10/2018 12:54 / atualizado em 07/10/2018 14:13


O ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou ter acompanhando nesta manhã auditoria de uma urna eletrônica em um local de votação, sem especificar onde, e disse que o procedimento não apontou nenhum problema no equipamento.

"Tudo certo. Pode votar confiando que a Justiça Eleitoral assegura o respeito ao seu voto", escreveu o magistrado em sua conta no Twitter.

Na mesma rede social, contudo, dois filhos do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, manifestaram suspeitas em relação à confiabilidade das máquinas que computam os votos.

"Prezados, em caso de problemas com a urna filmem, de preferência gravem 'lives' e falem o Estado, zona e seção onde está ocorrendo o problema", pediu o deputado federal por São Paulo e candidato à reeleição Eduardo Bolsonaro. Fazer vídeos e fotos e até mesmo portar aparelho celular, máquinas fotográficas ou filmadoras é crime eleitoral, enquadrado como tentativa de violação do sigilo do voto, com previsão de pena de até dois anos de detenção.

Seu irmão, o deputado estadual no Rio de Janeiro e candidato ao Senado Flavio Bolsonaro (PSL), foi além e replicou um vídeo publicado por um usuário do Facebook identificado como Lucas Andressa em que, filmando uma urna eletrônica, uma pessoa alega que, após apertar apenas a tecla "1", o equipamento mostra o nome do presidenciável do PT, Fernando Haddad.

"Está acontecendo diante de nossos olhos. Aperta a tecla '1' para presidente e aprece (sic) o indicado do presidiário! Quem souber onde aconteceu isso, favor me enviar zona e seção", escreveu Flavio Bolsonaro no texto da publicação, em que marcou ainda a conta oficial do TSE.

Também no Twitter, a corte esclarece que as redes sociais da Justiça Eleitoral não são meios formais para o recebimento de "denúncias ou manifestação acerca de supostos crimes eleitorais, que precisam antes ser investigados pelo Ministério Público".

A Justiça Eleitoral esclareceu que o vídeo é falso. As imagens mostram o teclado da urna, onde uma pessoa digita o restante do voto. Não existe a possibilidade de a urna auto completar o voto do eleitor, e isso pode ser comprovado pela auditoria de votação paralela. Questionado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais divulgou no Youtube um vídeo explicando como foi feita a montagem com a narração de um técnico de edição. Assista:



POLÍCIA FEDERAL Durante coletiva de imprensa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a presidente da Corte, Rosa Weber, afimou que a denúncia chegou até as autoridades eleitorais e que a Polícia Federal investigaria o caso.
 
Antes, no entanto, ressaltou a possibilidade de se tratar de uma notícia falsa e ressaltou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. "O que é realmente importante? É que ele é um sistema auditável. Permite a verificação de fraude. E até hoje não temos um caso comprovado. Se algum dia ocorrer alguma fraude, ela poderá ser contestada", disse.
 
O PT reagiu acusando Flavio Bolsonaro de cometer crime eleitoral. "Flávio Bolsonaro, ao postar o vídeo de SUPOSTA fraude sem qualquer comprovação de que se trate de vídeo verdadeiro, alimenta a rede de boatos e fake news na internet. A partir da postagem do candidato a senador, milhares de apoiadores postaram o vídeo ilegal também em suas redes", afirmou o partido em seu site oficial.
 
"O setor jurídico da campanha da coligação O Povo Feliz de Novo tomará todas as medidas legais possíveis contra mais esse crime. A família Bolsonaro afronta diretamente o TSE", acrescenta o partido. 


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