
Participaram do encontro oito candidatos ao Palácio do Planalto: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (Psol), Geraldo Alckimin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). De acordo com a legislação, emissoras de rádio e TV são obrigadas a convidar para os debates os candidatos dos partidos que tiverem no mínimo 5 parlamentares no Congresso Nacional, entre deputados e senadores.
Com a economia sendo o principal foco das discussões, sobraram críticas ao governo de Michel Temer (MDB). Muitas delas foram direcionadas ao ex-ministro da Fazenda de Temer, o candidato Henrique Meirelles (MDB). “Esses 14 milhões de desempregados são frutos de governos dos quais o senhor serviu”, disse Bolsonaro. O emedebista foi alvo de ataques também de Ciro Gomes, Cabo Daciolo, Marina Silva e Guilherme Boulos. “O governo Temer é o mais rejeitado da história do país e ninguém aqui quer se aproximar dele. Mas muitos aqui ajudaram a aprovar muitas das reformas do Temer”, Boulos.

Cabo Daciolo, que foi o que mais chamou a atenção no primeiro debate, sendo um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, voltou a criticar os adversários, dizendo que todos “seriam mais do mesmo”. O deputado repetiu as falas religiosas e alfinetou os outros candidatos dizendo que “são todos amiguinhos e não inimigos”.
TENSÃO O momento de maior tensão do debate ocorreu no fim do terceiro bloco, quando Marina Silva questionou Bolsonaro sobre o fato de ele dizer que não é preciso se preocupar com mulheres receberem salários menores do que homens. “Tem que se preocupar sim. Quando se é presidente da República tem que se fazer cumprir a Constituição, que diz que nenhuma mulher deve ser discriminada”, disse a ex-ministra do Meio Ambiente. Bolsonaro atacou Marina, questionando a posição dele em relação ao aborto e a liberação das drogas.

Os advogados do ex-presidente tentaram garantir na Justiça a participação do petista no segundo debate presidencial. Eles entraram com mandado de segurança no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no início da noite de ontem, contestando decisão do ministro Sérgio Banhos, que horas antes, negou recurso de Lula para participar do debate. Na decisão, o magistrado afirmou que não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre a liberdade do petista. A defesa do ex-presidente pediu que, caso não fosse possível a participação presencial, uma vez que Lula está preso em Curitiba, fosse autorizado o uso de sistema de videoconferência.
