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Estado de Minas

Nove diretórios vetam nome do MDB na disputa presidencial

O receio do comando emedebista é de que a impopularidade de Temer grude nos candidatos e prejudique o resultado nas urnas


postado em 11/05/2018 08:18 / atualizado em 11/05/2018 09:07

Brasília - Pelo menos nove diretórios regionais não querem que o MDB apresente candidato próprio à sucessão do presidente Michel Temer. O cálculo foi apresentado em jantar nesta quarta-feira, 9, na casa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), com políticos do MDB e outros partidos. Embora Temer tenha dito, em entrevista ao Broadcast Político, que apenas "dois ou três diretórios" têm essa posição, a estratégia planejada pela cúpula da legenda consiste em evitar que uma aliança nacional atrapalhe as negociações nos Estados.

O receio do comando emedebista é de que a impopularidade de Temer grude nos candidatos e prejudique o resultado nas urnas. Eunício conversou nesta quinta-feira, 10, com o presidente, no Planalto, para tratar de votações no Congresso, mas, à saída, disse que ele o deixou "completamente liberado" para fazer coligações no Ceará, seu reduto eleitoral. Lá, o senador articula uma dobradinha para se reeleger em composição com o PT.

Liberados


Na mesma linha do presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), que admitiu à reportagem uma articulação para que o partido não lidere chapa, Eunício afirmou ser "difícil" a sigla lançar candidato à Presidência. Além do Ceará, diretórios do MDB em Alagoas, Sergipe, Santa Catarina, Goiás, Minas, Paraná, Bahia e Pará preferem ficar liberados para fazer coligações conforme interesses regionais. Nem mesmo a vaga de vice interessa a esse grupo, que se movimenta para derrubar qualquer ofensiva oposta na convenção do MDB, em julho.

"Já perdemos 15 deputados e sete senadores. Imagine, num cenário desses, ter Michel candidato. E Meirelles então? Nem pensar", disse o senador Renan Calheiros (AL), hoje desafeto de Temer. Renan participou do jantar na casa de Eunício, que reuniu Jucá e outros senadores, como Eduardo Braga (MDB-AM) e até Acyr Gurgacz (PDT-RO).


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