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Estado de Minas

Em três anos de investigações no STF, nenhum parlamentar réu da Lava-Jato foi julgado

Dez parlamentares já são réus no Supremo por inquéritos resultados da operação


postado em 17/04/2018 16:44 / atualizado em 17/04/2018 17:01

(foto: / AFP / ANDRESSA ANHOLETE)
(foto: / AFP / ANDRESSA ANHOLETE)

O senador Aécio Neves (PSDB) se tornou, nesta terça-feira, o 11º parlamentar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a decisão da Primeira Turma da Corte de abrir ação penal envolvendo o senador mineiro a partir da delação da JBS, Aécio passa a ser o primeiro tucano no rol de réus.

A denúncia que transformou Aécio em réu foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em maio do ano passado, quando vieram à tona gravações em que o tucano combina com o empresário Joesley Batista, da JBS, o recebimento de R$ 2 milhões. Segundo Aécio, o montante seria usado para pagar sua defesa em inquéritos da Lava-Jato.

Além de Aécio, são alvos de processos no STF os senadores Valdir Raupp (MDB), Fernando Collor (PTC), Gleisi Hoffmann (PT), Romero Jucá (MDB) e Agripino Maia (DEM), além dos deputados Nelson Meurer (PP), Luiz Fernando Faria (PP), José Otávio Germano (PP), Vander Loubet (PT) e Aníbal Gomes (DEM).

Em três anos de investigações no STF, nenhum dos parlamentares réus da Lava-Jato foi julgado pelo plenário do Supremo. O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (preso desde outubro de 2016 em Curitiba) foi o primeiro a se tornar réu nos casos da Lava-Jato, mas antes de ser julgado ele perdeu o foro privilegiado ao ter seu mandato cassado e seu caso foi para a primeira instância.

Já o senador Renan Calheiros (MDB) também se tornou réu no Supremo, mas por um inquérito que não faz parte da Lava-Jato. O parlamentar responde por suposto pagamento de pensão a uma filha que teve fora do casamento com verba de seu gabinete parlamentar.

No Supremo, não há um prazo determinado para o desfecho dos processos envolvendo parlamentares. Os casos mais avançados são dos senadores Gleisi Hoffmann e Nelson Meurer. O ministro Celso de Mello, revisor das duas ações, está em fase de análise dos processos. Após a liberação pelo ministro, os casos serão levados para julgamento final.


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