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Estado de Minas

Com voto de Cármen Lúcia, CNJ libera 'penduricalho' a magistrados do Rio

A decisão foi tomada nesta terça-feira pelo plenário do CNJ, que entendeu que tribunal tem autonomia administrativa para decidir sua política remuneratória,


postado em 07/03/2018 08:06 / atualizado em 07/03/2018 09:08

Cármen Lúcia votou a favor da decisão de liberar o adicional para os magistrados(foto: Nelson Jr. SCO STF)
Cármen Lúcia votou a favor da decisão de liberar o adicional para os magistrados (foto: Nelson Jr. SCO STF)

Suspenso desde dezembro por liminar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o pagamento de adicional no salário aos juízes do Rio por audiências de custódia será retomado. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 6, pelo plenário do CNJ, incluindo o voto favorável da presidente do Supremo Tribunal Federal e do colegiado, ministra Cármen Lúcia.

A audiência de custódia faz parte das atribuições dos juízes. Todo preso em flagrante deve ser levado à presença de um juiz para que avalie a legalidade e necessidade de manter a prisão. O benefício garante R$ 9,6 mil aos juízes por mês e custa cerca de R$ 50 milhões ao ano para os cofres públicos. O pagamento foi revelado pela Coluna do Estadão.

O CNJ decidiu que o tribunal tem autonomia administrativa para decidir sua política remuneratória, de acordo com o entendimento da maioria. Porém, deve seguir a resolução do conselho, que trata da aplicação do teto remuneratório constitucional e do salário dos magistrados.

Segundo o CNJ, o valor não pode ser considerado indenizatório, como previsto na resolução do TJ-RJ, mas remuneratório e, portanto, está sujeito ao teto constitucional, hoje fixado em R$ 33,7 mil, o salário dos ministros do Supremo.

Votaram a favor, além de Cármen Lúcia, os conselheiros Valtércio de Oliveira, Daldice Santana, Iracema do Valle, Arnaldo Hossepian, Rogério Nascimento, Luciano Frota, Fernando Matos, Aloysio Corrêa e o corregedor-geral de Justiça, João Otávio de Noronha, do STJ. Votaram contra o relator Márcio Schiefler e Valdetario Andrade.

"Muitos juízes se desdobram para dar uma resposta à sociedade. Muitas vezes, passam 12 horas trabalhando", disse Cármen Lúcia, citando o volume de trabalho que é acrescentado à rotina de um juiz quando este acumula as atividades desempenhadas em sua vara com a realização de audiências de custódia.


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