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Estado de Minas

'Não permitiremos a migração da criminalidade para cá', diz PM após reunião com Pimentel

A ação das tropas federais no estado vizinho foi discutida com o governador Fernando Pimentel, que participou de reunião da polícia nesta segunda-feira


postado em 19/02/2018 12:38 / atualizado em 19/02/2018 13:46

Pimentel já conversou com o comando da PM sobre a intervenção no Rio(foto: Carlos Alberto/Imprensa MG)
Pimentel já conversou com o comando da PM sobre a intervenção no Rio (foto: Carlos Alberto/Imprensa MG)

Minas Gerais adotou medidas de reforço e monitoramento de suas divisas desde sábado (17) para impedir uma eventual migração para o estado de criminosos vindos do Rio de Janeiro, que está sob intervenção federal. Após se reunir com o governador Fernando Pimentel (PT) nesta segunda-feira (19), o comandante-geral da Polícia Militar mineira, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, afirmou que as forças de segurança dispõe de um plano para conter eventuais reflexos da crise na segurança no Rio.

“Não permitiremos a migração da criminalidade para cá. Daremos a resposta com a força legal e necessária”, afirmou Figueiró. O coronel disse que a PM adotou cuidados principalmente nas regiões de divisa com o Rio. Pimentel tratou do assunto com o comando das polícias ainda no sábado, assim que foi anunciado pelo presidente Michel Temer (MDB) o decreto de intervenção no Rio.

De acordo com ele, o reforço está sendo feito com as próprias tropas regionais. Figueiró disse que só vai haver deslocamento de efetivo de Belo Horizonte para os locais se houver algum fato que indique mudança na criminalidade das cidades da divisa. 

 

“Todo o plano já está formatado.Obviamente são estratégias operacionais que a gente não pode colocar em detalhes, mas o que digo é que o cidadão mineiro, sobretudo o da região da divisa com o Rio de Janeiro, pode ficar tranquilo. A gente não domina o contexto criminal do Rio de janeiro, mas o que a gente pode entender da dinâmica é que a intervenção federal das forças armadas, do exército sob o comando do general Braga Neto, não vai propiciar o deslocamento criminal para o estado de Minas Gerais”, disse.

Segundo o coronel, historicamente em outros momentos em que tropas federais ocuparam o Rio de Janeiro não houve reflexos em Minas. “Mesmo assim, se essa expectativa se frustrar teremos condições de responder à altura”, garantiu. Figueiró disse que, ao contrário do Rio, Minas não precisaria do envio de tropas federais para conter o eventual deslocamento de criminosos para o estado.

As estratégias para atuação da PM em 2018, incluindo os possíveis reflexos da crise no Rio, serão discutidas nesta terça-feira (20) em reunião com os coronéis das diversas regiões do estado e o alto comando.

Além de Pimentel e Figueiró, a reunião desta segunda-feira teve a presença de comandantes dos batalhões das 19 regiões do estado e da cúpula da PM. Figueiró adiantou que Minas Gerais levará como pauta à reunião dos secretários de estado de Minas, Espírito Santo e São Paulo com o ministro da Justiça Torquato Jardim o pedido para que a intervenção no Rio cuide também das fronteiras com os outros estados, para evitar a migração do crime.

O secretário de Segurança mineiro, Sérgio Barboza Menezes, foi o primeiro a procurar Torquato Jardim para pedir a reunião. Os três estados estão preocupados com a possível fuga de criminosos diante da intervenção das tropas federais.
O decreto federal de Temer para a intervenção já é válido, mas será votado pela Câmara dos Deputados e Senado. O interventor será o general mineiro Walter Souza Braga Netto.


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