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Estado de Minas

Moro diz que recebe auxílio-moradia para compensar falta de reajuste

Juiz tem apartamento, mas embolsa o benefício graças a liminar do Supremo Tribunal Federal


postado em 02/02/2018 17:12

(foto: AFP / NELSON ALMEIDA )
(foto: AFP / NELSON ALMEIDA )

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, e que responde pelo julgamento dos casos da Lava-Jato, afirmou nesta sexta-feira que, mesmo morando em apartamento próprio, recebe o auxílio-moradia como forma de "compensar" a falta de reajuste.

“O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados”, afirmou o juiz ao jornal O Globo.

O juiz Sérgio Moro, que conduz os principais casos da Operação Lava-Jato, recebe auxílio-moradia de R$ 4,3 mil mesmo tendo um imóvel em Curitiba, onde fica a sede da Justiça Federal do Paraná. O magistrado é um dos que foram beneficiados por liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que autorizou o pagamento nos tribunais do país.

Moro, segundo a Folha de S. Paulo desta sexta-feira (2), é dono de um imóvel de 256 m2 no bairro Bacacheri. A reportagem diz que o juiz comprou a casa em junho de 2002 de um colega juiz federal do Tribunal Regional Federal (TRF4) por R$ 173.900.

A autorização para que os juízes recebam o benefício mesmo tendo imóvel próprio foi dada pelo ministro Luiz Fux, em liminar de setembro de 2014.

Durante esta a semana, outro integrante da Lava-Jato, Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, no Rio de Janeiro, e sua mulher Simone Bretas, do 5º Juizado Especial Federal Cível, também tiveram os dois auxílios-moradia de R$ 4.377,73 cada, denunciados pela imprensa.

A duplicação do benefício para casais que moram juntos é proibida por resolução do Conselho Nacional de Justiça, mas os dois conseguiram o direito a receber quase R$ 9 mil graças a uma decisão judicial. Nessa segunda-feira, quando a informação virou assunto nas redes sociais, o magistrado disse que prefere reivindicar seu direito a ficar "chorando num canto".


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