(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Temer e aliados aceleram negociação para votar reforma da Previdência

Rodrigo Maia decidiu começar a discussão da proposta na quinta-feira. Relator diz que hoje o governo tem cerca de 290 votos


postado em 11/12/2017 06:00 / atualizado em 11/12/2017 08:34

Temer se reuniu com o presidente da Argentina, Maurício Macri, em Buenos Aires(foto: Marcos Correa/PR/Divulgacao )
Temer se reuniu com o presidente da Argentina, Maurício Macri, em Buenos Aires (foto: Marcos Correa/PR/Divulgacao )

Brasília
– Empenhado em conseguir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano, o presidente Michel Temer passou o fim de semana envolvido em negociações para melhorar o cenário de votos a favor da proposta de emenda constitucional (PEC), que volta a ser discutida na Câmara na quinta-feira. Até a confirmação do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro da Secretaria de Governo, acreditam aliados, faz parte da estratégia do Planalto para conseguir o apoio necessário para a aprovação do texto.

Em Buenos Aires, onde esteve ontem para a 11ª Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) para conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia, Temer afirmou que trabalha em “ambiciosa agenda para a modernização do Brasil, o que envolve, necessariamente, maior e melhor inserção na economia global”. O presidente disse ainda que “o Brasil de hoje deixou para trás a recessão. Nossa economia se recupera, cria postos de trabalho... A produção industrial tem crescido. As taxas de juros recuaram a seu menor patamar histórico, a inflação é a mais baixa em muitos anos”.

 Na comitiva presidencial para a Argentina estiveram os ministros da Justiça, Torquato Jardim, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen; o deputado Arthur Maia, relator da reforma da Previdência; e ainda Carlos Marun, que tomará posse como ministro na quinta-feira – mesmo dia em que a PEC volta a ser discutida na Câmara, por determinação do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O evento durou cerca de 90 minutos e também contou com a presença dos presidentes do Paraguai, Maurício Cortez; do Uruguai, Tabaré Vásquez; e da Argentina, Mauricio Macri.

 “O debate da Previdência foi acertado ontem (sábado) à noite. Todas as lideranças estarão presentes e o Rodrigo (Maia) vai se manifestar. À tarde, faremos uma votação com efeito administrativo. Existe uma mobilização intensa de deputados. Será lido relatório e depois entraremos em campo. Os votos estão aumentando a cada dia, sempre conseguimos mais apoio após as discussões. Até essa confirmação do Marun como ministro vai ajudar nossa briga, porque ele é muito bom para articular. E a volta do Antonio Imbassahy (ex-ministro da Secretaria de Governo) à Câmara também terá saldo positivo nesse campo”, afirmou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos maiores aliados do Planalto.

 

Avaliação

 

Um dos contadores de votos de Temer na Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) conta que a votação teve de ser adiada – inicialmente, a previsão era de que ela começasse a ser discutida no último dia 8 – porque ainda não havia apoio suficiente para votar com tranquilidade, mas que há a expectativa de que mais partidos fechem questão nesta semana para dar mais segurança ao governo. “Teremos uma semana de muito trabalho, mas com boas perspectivas. O clima está mais amistoso e os deputados estão começando a entender que a reforma precisa ser aprovada”, diz.

 Cálculos do deputado Arthur Maia (PPS-BA) estimam que a Previdência tem apoio de mais ou menos 290 parlamentares – são necessários 308 para a aprovação do texto. Uma das principais resistências, no entanto, é a questão eleitoral. Parte dos deputados acredita que o melhor é deixar as mudanças para o início da próxima legislatura. “Não desconsidero que o tema é importante para o equilíbrio das contas públicas, mas ele tem de ser feito depois das eleições presidenciais. Ela tem de ser o foco das campanhas e o novo Congresso terá melhores condições para fazer uma reforma mais ampla e correta”, comenta Rogério Rosso (PSD-DF). “Lamento que estejam generalizando e denegrindo a imagem do servidor público como argumento para fazer uma reforma a toque de caixa”, acrescenta.

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)