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Estado de Minas

Deputados mineiros condicionam aprovação do orçamento de 2018 a atendimento das demandas de MG

Bancada afirma em documento ao presidente Michel Temer que só vão votar o orçamento se suas reivindicações forem atendidas


postado em 21/10/2017 06:00 / atualizado em 21/10/2017 07:48

(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A Press - 19/8/17)
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A Press - 19/8/17)

A bancada federal de Minas Gerais ameaça não votar o orçamento da União se o governo do presidente Michel Temer (PMDB) não incluir recursos para a BR-381 e não atender a outras demandas do estado. Os pleitos, que incluem verba para a saúde como compensação pela venda das usinas da Cemig pelo governo federal, foram levados ao peemedebista e registrados em ofício entregue ao relator da proposta orçamentária, senador Valdir Raupp (PMDB/RO).


No ofício, a bancada informa: “Só votará o PLOA (orçamento) para 2018 com a inclusão destas demandas”. Os deputados federais mineiros pedem R$ 350 milhões para continuação da duplicação da Rodovia da Morte. As obras vêm sendo realizadas em ritmo muito lento. Outros R$ 60 milhões são pedidos para obras de pavimentação iniciadas “no governo JK” na BR-367. A rodovia liga Diamantina ao Sul da Bahia, passando pelo Vale do Jequitinhonha. Os parlamentares argumentam que a população vem cobrando insistentemente pela continuidade dessas obras.

O coordenador da bancada, que assina o documento, deputado Fábio Ramalho (PMDB), disse que faz parte da carta de reivindicações a exigência de R$ 1 bilhão para a saúde. O recurso seria uma compensação pelo governo federal ter leiloado quatro usinas da Cemig. Nesse leilão, o governo conseguiu arrecadar R$ 12,1 bilhões, que estão sendo usados para cobrir parte do rombo orçamentário. Ramalho afirmou que a bancada também pede que o hospital Felício Roxo, em Belo Horizonte, seja transformado em estabelecimento de saúde “de excelência”.

Na lista estão ainda a volta de voos para a Pampulha – embora haja uma grande polêmica envolvendo o assunto – e recursos para o Anel Rodoviário de BH, onde ocorrem com frequência acidentes graves. “Se o governo não atender as demandas, Minas vai virar as costas e não irá votar o orçamento da União”, disse Ramalho.

Na segunda-feira, o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PHS), chamou os políticos do estado de incompetentes por não conseguirem que suas demandas sejam atendidas pelo governo federal. Ele citou a “derrota” no caso das usinas da Cemig. Em reunião com o governador Fernando Pimentel (PT) e outros políticos, o prefeito disse que está na hora de Minas se unir numa frente apartidária para trazer mais recursos federais para o estado.

Sobre a fala, Ramalho disse que Kalil “é um bom prefeito mas tem hora que se excede”. “A gente tem tido algumas vitórias, vamos ter na questão dos royalties da mineração, garantido 4%, colocando uma Cefem (compensação pela exploração mineral) melhor para Minas. Nem todas as batalhas a gente ganha”, disse. Sobre a Cemig, Fábio Ramalho disse que a empresa está “ruim das pernas” por causa das administrações e que não precisava passar por isso se tivesse dinheiro em caixa.

Algumas reivindicações da bancada federal de Minas

  • R$ 350 milhões para a duplicação da BR-381 (foto no alto)
  • Recursos (sem definição de valor) para obras no Anel Rodoviário de BH
  • R$ 1 bilhão para a área de saúde no estado (Como compensação pela perda das usinas da Cemig
  • R$ 60 milhões para as obras de pavimentação da BR-367

 


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