Durante a leitura do relatório, Bonifácio fez críticas à Polícia Federal e ao Ministério Público. "É estranho autorizar que a polícia invada lares e empresas, que juízes permitam que sejam atingidos cidadãos de forma exagerada", disse o deputado. Ele afirmou que a atuação do MPF gera uma 'exposição demasiada', o que causaria um 'envergonhamento' público dos envolvidos nas investigações.
Na primeira etapa da sessão, realizada pela manhã, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), negou o pedido de fatiamento da denúncia. Pacheco também rejeitou requerimento apresentado pelo deputado Sergio Zveiter (PODE-RJ), que questionava a cessão de vaga de suplente do PSC ao deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator do parecer sobre a denúncia, que havia sido retirado da comissão por seu partido.
Para Zveiter, a manobra que manteve o tucano no cargo, apesar de prevista em regimento, seria "ética e moralmente reprovável" De acordo com cálculos governistas, entre 38 e 42 membros da CCJ, em um total de 66 titulares, devem votar contra a denúncia. Após a análise do colegiado, o caso segue para o Plenário da Câmara dos Deputados. Para o prosseguimento da peça, é necessário que 342 deputados avalizem a denúncia. Se autorizado, o caso segue para o Supremo Tribunal Federal (STF).