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Estado de Minas

Polícia Civil investiga fraude de R$ 21 milhões na área da saúde em Santa Luzia

Nesta sexta-feira foram cumpridos mandados de busca e apreensão, incluindo na casa da prefeita afastada Roseli Pimentel, que está presa respondendo a inquérito sobre assassinato de jornalista em agosto de 2016


postado em 15/09/2017 20:27

 Alex Machado (esquerda), ao lado dos delegados Rodrigo Bossi e Rodrigo Bustamante, falou sobre ação desta sexta(foto: EM/D.A.Press)
Alex Machado (esquerda), ao lado dos delegados Rodrigo Bossi e Rodrigo Bustamante, falou sobre ação desta sexta (foto: EM/D.A.Press)
Um esquema de fraudes em licitações na área de saúde em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, causou um rombo de pelo menos R$ 21 milhões. Na manhã desta sexta-feira, foi realizada a primeira fase ostensiva das investigações, por agentes do Departamento de Investigações de Fraudes. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva.

As ações foram em três imóveis em Belo Horizonte, nos bairros Ouro Preto, Boa Vista e Prado, e um em Santa Luzia, na casa da prefeita afastada Roseli Ferreira Pimentel, que se encontra presa desde 7 de setembro, por suspeita de envolvimento num homicídio. 

O Delegado Alex de Freitas Machado, que preside o inquérito policial, adiantou que documentos e arquivos obtidos durante o cumprimento dos mandados servirão de base para aproximar as provas de fraudes aos indícios já coletados pela Polícia Civil, em quase um ano de investigações. “Constatamos um claro superfaturamento em licitações na área da saúde, podendo-se adiantar que, até o momento, pelo menos R$ 21 milhões poderiam ter sido desviados dos cofres públicos”, disse.

Ainda, segundo o delegado, uma manobra criminosa estaria em curso no município de Santa Luzia para forçar, por meio de sanções, empresas a deixarem de prestar os serviços de saúde. Com a argumentação de que a pasta estaria em estado de urgência e emergência, licitações arranjadas, com fomento de verbas extraordinárias e, até mesmo contratações diretas, estariam sendo feitas para executar os desvios de verbas. “Com as provas que obtivemos hoje, poderemos encaminhar ao Tribunal de Contas uma revisão para avaliar exatamente a dimensão do superfaturamento”, pontuou Machado.

O Chefe do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, Delegado Rodrigo Bossi, destacou a importância da parceria com órgãos federais de segurança e o constante aprimoramento da corporação. “Essa é apenas uma das células de uma série de investigações que temos em todo o estado que indicam técnicas semelhantes de corrupção. Nosso empenho em combater estes crimes que chegam a cifras milionárias é total”, afirmou.


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