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Estado de Minas

Geddel Vieira Lima chega a Brasília, onde ficará preso na Papuda

O ex-ministro foi preso preventivamente nesta sexta-feira (8/9) em Salvador, dias depois de a PF encontrar malas de dinheiro atribuídas a ele


postado em 08/09/2017 16:07

Depois de ser preso em Salvador, durante a quarta etapa da operação Cui Bono, o ex-ministro Geddel Vieira Lima chegou a Brasília na tarde desta sexta-feira (8/9) em um jato da Polícia Federal. Após desembarcar no Aeroporto JK, o peemedebista foi colocado em um carro oficial e seguiu para a Superintendência da PF. Seu destino final, no entanto, é o Presídio da Papuda.
 

Geddel foi preso preventivamente por ordem expedida pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. A justificativa da PF para fazer o pedido foi o receio de que o político destruísse provas. Segundo a polícia, há "fortes indícios" de que o ex-ministro seja o dono dos R$ 51 milhões encontrados na terça-feira em um apartamento em Salvador.

Ao ser detido na capital baiana, antes das 6h, Geddel foi vaiado e chamado de ladrão por pessoas que acompanhavam a ação em frente ao edifício no bairro Jardim Ipanema. Ele chegou a cobrir o rosto ao deixar o edifício, onde reside e cumpria prisão domiciliar. Era pouco antes das 14h quando o avião que o levou a Brasília decolou de Salvador.

Com Geddel, foi preso e trazido a Brasília Gustavo Pedreira do Couto Ferraz. Segundo a decisão do juiz Oliveira, a puração da polícia mostra que "ambos manusearam essa estrondosa quantia, o que, somado aos outros indícios, levam à conclusão da propriedade ou posse do dinheiro apontada para ambos".

Malas de dinheiro

 

A prisão do ex-ministro ocorre três dias após agentes se depararem com caixas e malas abarrotadas de dinheiro vivo em um apartamento na capital baiana, durante a Operação Tesouro Perdido. Depois de 14 horas, usando sete máquinas, a PF chegou ao valor de pouco mais de R$ 51 milhões (R$ 51.030.866,40) — uma parte em dólares.

Foi a maior apreensão de dinheiro vivo já feita pelo órgão. A investigação aponta que o ex-ministro, que ocupou a Secretaria de Governo no início do governo Temer, é o dono do dinheiro. No local foram encontradas impressões digitais de Geddel e de Gustavo Ferraz.
 
Os milhões em cédulas foram armazenados na residência que teria sido emprestada a ele por um homem identificado como Silvio Silveira, um corretor de imóveis, para que Geddel guardasse os pertences do pai, já falecido. O corretor negou ter conhecimento do dinheiro no apartamento. O imóvel, localizado no Residencial da Silva Azi, tem três quartos e uma suíte, e é anunciado por R$ 600 mil.
 

Investigação

 
Geddel foi preso em 3 de julho deste ano, por ordem da Justiça Federal do DF e levado à prisão domiciliar no dia 12 daquele mês por força de decisão do Tribunal Regional Federal, onde se encontrava até hoje.

Um dos responsáveis pela articulação política do governo de Michel Temer, ele deixou o cargo de ministro da Secretaria de Governo após seis meses, em novembro do ano passado, depois de uma polêmica envolvendo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Este o acusou de tê-lo pressionado para liberar uma obra na Ladeira da Barra, em Salvador.
 
No fim de agosto, a Justiça de Brasília aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Geddel e o transformou em réu por obstrução de justiça, por tentar atrapalhar as investigações sobre desvios do fundo de investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).


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