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Estado de Minas

Liberado por Gilmar Mendes volta para a cadeia

Juiz Marcelo Bretas manda prender novamente investigado que recebeu habeas corpus concedido por ministro do STF


postado em 26/08/2017 06:00 / atualizado em 26/08/2017 07:24

Em uma semana, Gilmar soltou nove investigados da Ponto Final(foto: EVARISTO SA/AFP)
Em uma semana, Gilmar soltou nove investigados da Ponto Final (foto: EVARISTO SA/AFP)

Três dias depois de ter sido libertado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o ex-presidente do Departamento de Transportes do Rio (Detro) Rogério Onofre teve a prisão preventiva novamente decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio. Onofre foi preso em julho na Operação Ponto Final, que apura corrupção no setor de transporte do Rio de Janeiro. Ele conseguiu a liberdade com um habeas corpus concedido por Gilmar Mendes.

O Ministério Público Federal pediu novamente a prisão de Onofre – que se tornou réu junto com outras 23 pessoas, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral – porque ele estava ameaçando outros presos na operação. Uma das provas dessas ameaças é um áudio gravado enquanto transcorria a Operação Ponto Final.

No áudio, ele dizia: “O negócio aqui tá feio pro meu lado, cara. Eu não tenho dinheiro nem pra viajar se você quer saber. Vê se você me arruma o meu dinheiro aí, dá um jeito, vocês não estão dando solução de nada, vocês não estão conversando, vocês têm imóveis aí não dão nada. Vocês não estão acreditando, rapaz, na sorte. Vocês ainda não morreram porque eu quero receber, mermão. Agora eu tô percebendo que vocês não vão pagar mesmo, aí então...”

De acordo com as investigações, Onofre operou pelo menos R$ 40 milhões em propina. Advogado, ele foi prefeito de Paraíba do Sul por dois mandatos e nomeado para a presidência da Detro em 2007 pelo então governador Sérgio Cabral.

Mandados


Ontem, a força-tarefa da Operação Lava-Jato, no Rio, voltou às ruas após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), soltar a cúpula do Transporte do Rio. A Polícia Federal prendeu dois por obstrução de Justiça e cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas. Em uma semana, Gilmar soltou nove investigados da Ponto Final. Um deles é o empresário Jacob Barata Filho, o “rei do ônibus”. O ministro foi padrinho de casamento de Beatriz Barata, filha de Jacob, em 2013. Bia Barata se casou com Francisco Feitosa Filho, sobrinho de Guiomar Mendes, mulher de Gilmar.

A Lava-Jato vasculhou endereços da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e da Riocard TI, empresa que controla a bilhetagem eletrônica no estado. Durante o cumprimento dos mandados, duas pessoas foram presas em flagrante por obstrução de Justiça. A Ponto Final afirma que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) recebeu do setor de transportes R$ 144,7 milhões entre os anos de 2010 e 2016.

 

 


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