Enxurrada de emendas arrasta para esta terça-feira, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), projeto de lei do Executivo que dita como será gasto o orçamento do ano que vem.
“A gente vai trabalhar com o que tem. Há cortes em todas as áreas, mas, com a reforma administrativa, houve grande enxugamento nos cargos comissionados e também fizemos a revisão de alguns contratos”, afirma o líder do governo de Alexandre Kalil na Câmara, Léo Burguês (PSL).
Segundo o vereador, as principais áreas de investimentos são saúde, educação e segurança pública. Com a reforma administrativa aprovada em junho, a prefeitura pretende economizar cerca de R$ 30 milhões.
Nessa segunda-feira (7), após muita negociação, parlamentares deram início à votação da LDO. O texto do governo recebeu 154 emendas – quase o dobro da média de emendas apresentadas a outros projetos, de 80.
A discussão mais polêmica diz respeito à Emenda 86, do vereador Arnaldo Godoy (PT), que inclui entre as previsões orçamentárias da área de educação ações para combater “toda forma de racismo, preconceito ao gênero e orientação sexual nas unidades escolares”.
A bancada evangélica derrubou a emenda, sob o argumento de que a tentativa é impor nas escolas a “ideologia de gênero”. “Menina não nasce menino e menino não nasce menina. Eles querem colocar uma nova ideologia”, afirma o vereador Fernando Borja (PTdoB).