A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o arquivamento da denúncia em que o presidente Michel Temer (PMDB) é acusado de corrupção passiva. O placar final foi de 263 votos favoráveis ao arquivamento e 227 contrários. Foram registradas 19 ausências e duas abstênções. A votação durou três horas e meia. Já sessão durou cerca de 13 horas.
As acusações feitas pela Procuradoria Geral da República (PGR) foram baseadas em delação de executivos da JBS.
Para que o presidente se tornasse réu em ação no Supremo Tribunal Federal (STF) era preciso a autorização de 342 deputados federais.
Nesta quarta-feira esteve em votação o relatório do deputado mineiro Paulo Abi-Ackel (PSDB), que recomendou o arquivamento da denúncia. O Estado de Minas levantou como foi o voto de cada um dos mineiros e quanto cada um recebeu em emendas.
O comportamento da bancada mineira foi o seguinte: 18 deputados votaram pelo seguimento da denúnica e 33 preferiram poupar Temer da investigação proposta pela PGR.
Temer comemora
O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, em pronunciamento feito logo após o encerramento da sessão da Câmara dos Deputados, que a Casa se manifestou de forma “clara e incontestável” contra o seguimento da investigação contra ele por corrupção passiva.
De acordo com Temer, seu governo vai focar no encaminhamento e aprovação das reformas. “Diante dessa eloquente decisão, posso dizer que agora seguiremos em frente com as ações necessárias para concluir o trabalho que meu governo começou há pouco mais de um ano”, disse.