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Estado de Minas

Petistas e governistas batem boca sobre o depoimento de Lula em Curitiba

Entre um depoimento e outro sobre as pautas do dia, os deputados aproveitaram o palanque do plenário da Câmara para opinar sobre a situação do ex-presidente. Câmara dos Deputados vai descontar salário dos faltosos


postado em 11/05/2017 07:57 / atualizado em 11/05/2017 08:02

Maia anunciou que a sessão dessa quarta-feira (10) terá efeitos administrativos(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Maia anunciou que a sessão dessa quarta-feira (10) terá efeitos administrativos (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O fato de a maioria dos parlamentares do PT ter se ausentado do Congresso Nacional para acompanhar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, em Curitiba, não impediu que houvesse troca de farpas entre governistas e defensores do petista durante a tarde de ontem. Entre um depoimento e outro sobre as pautas do dia, os deputados aproveitaram o palanque do plenário da Câmara para opinar sobre a situação do ex-presidente.

Um deles foi o vice-líder do governo na Casa, Darcísio Perondi (PMDB-RS). Antes de defender a necessidade da reforma da Previdência, o deputado disse que Lula deve ir para a cadeia, comentário que acabou seguido de vaias. Na mesma linha, João Gualberto (PSDB-BA) chamou Lula de “chefe da máfia” e afirmou que “não é possível ter a cara de pau de defender um mafioso bandido como aquele”. “Eu nunca vou defender um bandido que esteja no meu partido”, completou o tucano, que recebeu como resposta dos petistas em plenário, além de vaias, a recomendação de que “lavasse a boca para falar do presidente Lula”.

O deputado Ságuas Moraes (PT-MT) defendeu o ex-presidente na Câmara, ao dizer que “Lula vem sendo perseguido por parte do Judiciário brasileiro que busca criminalizar o ex-presidente, o PT, os partidos de esquerda e os movimentos sociais”. Segundo ele, “as pessoas estão sofrendo pressões físicas e psicológicas para confessar algo que não terão como provar”.

Os líderes do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), e no Senado, Gleisi Hofmann (PR), foram para Curitiba acompanhar o depoimento. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) considerou a mobilização na capital paranaense “algo inacreditável e até desnecessário”. Segundo ele, não passa de uma tentativa de transformar “um episódio corriqueiro do processo ordinário em um grande ato político”. “Não sei a quem isso ajuda ou se faz bem a alguém, até ao próprio ex-presidente”, disse.

Punição

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a sessão de ontem terá efeitos administrativos, o que significa que os parlamentares ausentes sofrerão desconto de salário. A medida atinge metade da bancada do PT e parlamentares do PCdoB, que foram acompanhar o depoimento de Lula. Dos 58 deputados petistas, 32 não registraram presença na Câmara. Além deles, as deputadas do PCdoB Jô Moraes (MG), Alice Portugal (BA) e Jandira Feghali (RJ) também foram a Curitiba.

Entre os petistas do Senado, apenas Paulo Paim (RS) ficou em Brasília para acompanhar a discussão da comissão da reforma trabalhista, enquanto os outros oito saíram da cidade. A expectativa é de que os senadores retornem hoje para as discussões em plenário.


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