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Estado de Minas

Na reta final, candidatos reforçam corpo a corpo e renovam ataques aos adversários

Concorrentes a prefeito de Belo Horizonte saíram às ruas a dois dias das eleições para pedir votos, na tentativa de garantir um lugar no segundo turno - marcado para 30 de outubro


postado em 01/10/2016 06:00 / atualizado em 01/10/2016 08:18

Ver galeria . 11 Fotos João Leite (PSDB)Jair Amaral/EM
João Leite (PSDB) (foto: Jair Amaral/EM )

A dois dias das eleições, os candidatos a prefeito de Belo Horizonte saíram às ruas para pedir votos, na tentativa de garantir um lugar no segundo turno – marcado para 30 de outubro. Eles reforçaram as promessas aos eleitores e subiram o tom nas críticas aos seus adversários. É o caso do deputado estadual João Leite (PSDB), que deu mostras de que intensificará os ataques a Alexandre Kalil (PHS), seu provável adversário na próxima etapa da disputa – caso se confirmem as pesquisas de opinião. O tucano comparou Kalil à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e disse que Belo Horizonte não pode se “arriscar” a eleger o ex-cartola atleticano.


Ao visitar o Taquaril, Região Leste de BH, João Leite disse que a cidade precisa de protagonismo e de alguém que saiba lidar com política. “Negar a política, nós vimos a consequência que teve no Brasil. Uma presidente isolada, que não conversou com o Parlamento e que não conversou com a população e produziu 12 milhões de desempregados. Creio que a crítica está benfeita e a população de BH vai poder avaliar quem tem mais experiência e trabalhou pela cidade”, afirmou ele, referindo-se às declarações de Kalil de que não é político.

Segundo João Leite, “não dá para fazer uma campanha dizendo que não tem proposta e vai fazer funcionar”. O tucano afirmou que a capital mineira exige mais de um candidato, que o momento do país é grave e que Minas Gerais sofre com o pouco financiamento para a saúde, por exemplo. Segundo ele, o PT “isolou Minas Gerais” nos 13 anos de governo federal. João Leite colocou como “emblemáticas” as denúncias de que Kalil “não paga imposto” e “recolhe imposto de seus funcionários e não repassa para uma Previdência que tem um rombo histórico”.

O ex-presidente do Atlético Mineiro usou de ironia para rebater as declarações do tucano. “Fala com ele que está muito cedo, para ele esperar que tudo que ele falar eu vou responder. Ele agora perdeu a boca de aluguel, vai ter que falar”, afirmou o candidato do PHS. Kalil se referia ao fato de, até então, João Leite evitar criticá-lo, deixando esse papel para os outros adversários, a quem Kalil chama de “bocas de aluguel”. O ex-cartola lembrou que o PSDB fez parte da administração de Marcio Lacerda (PSB) até pouco antes do início da campanha eleitoral, e agora faz críticas ao governo municipal. Ontem, Kalil visitou áreas de alagamento do Bairro Nova Vista.

O candidato do PMDB, deputado federal Rodrigo Pacheco, também não poupou críticas ao adversário do PHS. Ele fez caminhada no Bairro Nazaré, Região Nordeste de BH, com a distribuição de adesivos contra o segundo colocado nas pesquisas. O material, que traz um risco sobre o nome de Kalil e os dizeres “BH não merece isso”, não tem CNPJ. Vários integrantes da equipe de campanha de Pacheco colaram o adesivo no peito. Um deles oferecia a peça a quem passasse. Questionada sobre o adesivo, uma das funcionárias confirmou que era da campanha. O candidato Rodrigo Pacheco, porém, negou. “Não estou (distribuindo) e não autorizei ninguém. Aí tem que apurar”, disse. Kalil não quis comentar. “Esse eu não respondo. Esse já está fora (do segundo turno)”, argumentou.

Esperançoso
Mais comedido, o vice-prefeito Délio Malheiros (PSD) afirmou que seus concorrentes estão mais preocupados em se “atracar”, e, por isso, apresentaram propostas “susperficiais” nos debates televisivos realizados nesta campanha. “Estou tranquilo e esperançoso (de chegar ao segundo turno), represento uma transição sem riscos para a cidade”, disse o candidato, que na manhã de ontem fez campanha na Avenida Silviano Brandão, polo moveleiro localizado na Região Leste da capital. Délio ainda recebeu um documento com as principais reivindicações para o local, que abriga cerca de 4,5 mil trabalhadores diretos e gera uma arrecadação mensal de R$ 8,5 milhões em ICMS. Se eleito, assegurou que discutirá a questão com os comerciantes e lembrou que várias melhorias já foram feitas na região, como construção de um centro de saúde, unidades de pronto atendimento (Upa) e a institucionalização da avenida como polo moveleiro de Belo Horizonte.

Apesar de aparecerem com índices baixos nas pesquisas de intenção de votos, os demais candidatos a prefeito da capital mineira cumpriram uma série de compromissos de campanha. Eros Bionini (PROS) fez caminhada na região de Venda Nova, onde conversou com comerciantes e eleitores. Luís Tibé (PTdoB) também fez corpor a corpo no Taquaril, na Vila Cemig, no Bairro Itapuã, na Vila Acaba Mundo e no Morro do Papagaio.

Pela manhã, Reginaldo Lopes (PT) tomou café com a candidata a vice na chapa, Jô Moraes (PCdoB), fez caminhada no Centro e participou de panfletagem na Praça Sete. Sargento Rodrigues (PDT) caminhou com eleitores no Barro Preto e no Centro e, à noite, se reuniu com o Grupo Comunitário do Alípio de Melo. Maria da Consolação, do PSOL, fez panfletagem nos hospitais e se encontrou com multiprofissionais de saúde. No fim da tarde, participou de ato chamado de “Vamos com Maria para o segundo turno”. Vanessa Portugal (PSTU) visitou a ocupação Irmã Dorothy, no Barreiro.

 


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