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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 23/09/2016 12:00 / atualizado em 23/09/2016 07:52

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

O fazendeiro planejou tudo

Não, ele não é fazendeiro, nunca foi. Mas planejou um esquema milionário, quase bilionário, a bem da verdade, que foi descoberto pela Arquivo X, operação no âmbito da Lava-Jato da Polícia Federal com o Ministério Público Federal (MPF). Só não foi parar, bem de manhãzinha, em Curitiba, nas garras de Sérgio Moro, porque o juiz revogou o pedido de prisão diante da internação de sua mulher. O fazendeiro do esquema milionário por ele planejado é Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff (PT), que antes comandou a pasta do Planejamento na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na época, ele chancelou contrato bilionário – na verdade, as apurações falam em US$ 922 milhões, se é quase bilionário em dólar, nem vou fazer as contas em reais para não jogar mais gasolina na fogueira de indignação dos brasileiros. É o valor de construção das plataformas P-67 e P-70 pelas empresas Mendes Júnior e OSX com a Petrobras. Bem, é possível que o valor fosse esse mesmo. Será? Então, por que receber propina?

Para operacionalizar o repasse, o empresário Eike Batista, que é ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, firmou contrato falso com empresa ligada a publicitários. Em depoimento ao Ministério Público, o empresário relatou que, em novembro de 2012, Mantega, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, pediu R$ 5 milhões para o Partido dos Trabalhadores (PT). Era época de campanha e o dinheiro serviu para pagar os responsáveis pela publicidade. Não, não foi por fora, caixa 2. O truque foi o tal falso contrato.

Aliás, por falar em campanha, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o ex-presidente Lula classificaram a operação da PF de “Operação Boca de Urna”. É claro que eles se referiram a uma estratégia para prejudicar candidatos petistas a prefeito. Os dirigentes do PT alegam ainda que Mantega tem trânsito com empresários para pedir dinheiro para as campanhas do partido. Trânsito com empresários o ex-ministro tinha. Depois da prisão, o sinal fechou, ficou vermelho. Nem vou explicar a citação da cor.

“Menor evidência”

“Seguir o caminho do dinheiro.” É o próximo passo da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF). E os alvos são o ex-ministro José Dirceu, que está preso e condenado a 23 anos e três meses, e o ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR), também cumprindo pena, de 14 anos e quatro meses. Por que voltar assim no tempo de novo? É que, no caso atual da Lava-Jato, eles são classificados “com menor evidência”. Por enquanto, é melhor aguardar o tal caminho do dinheiro. Detalhe: Vargas perdeu no Supremo Tribunal Federal (STF), esta semana, recurso em que pedia habeas corpus para sair da cadeia.

Em tempo...

A decisão foi tomada pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou pedido da defesa alegando que a decisão do juiz federal Sérgio Moro tinha “ilegalidade”. Foi Moro quem determinou a prisão e a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-deputado paranaense André Vargas. E a segunda turma é cheia de pesos-pesados.

Você se lembra?
Ainda sobre o ex-ministro Guido Mantega. Ele, que privilegiava a busca pelo crescimento econômico, sucedeu a Antonio Palocci no Ministério da Fazenda, que preferia frear a inflação, alta na época. Palocci, apesar do prestígio até internacional, caiu por causa do Francenildo Santos Costa. Lembra-se dele? É, ele mesmo, o caseiro que entregou as festas que eram animadas por garotas de programa, em reuniões com lobistas com interesse no governo Lula. Vale ressaltar que Palocci foi inocentado e coordenou campanha de Dilma Rousseff (PT). Depois, virou ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República.

Palanque proibido
Virou palanque a reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (ALMG) para debater a redução de gastos públicos com a educação no Brasil. Aquele deputado que dispensa apresentação fez questão de pegar o microfone para anunciar a presença do candidato petista à Prefeitura de Belo Horizonte, deputado federal Reginaldo Lopes. E ainda pediu votos aos presentes. Deveria correr risco até de cassação. Ele infringiu descaradamente portaria baixada pela Casa que normatiza os critérios a serem cumpridos durante o período eleitoral. Atacou o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), com coro nada civilizado, impublicável e proibido para menores.

Sanção cultural
Vinculada à Secretaria de Estado de Cultura, está criada a Empresa Mineira de Comunicação (EMC), que altera a razão social da Rádio Inconfidência e assume também a agora extinta  Fundação TV Minas Cultural e Educativa, é, a emissora TV Minas. A lei foi sancionada pelo governador Fernando Pimentel (PT) quase um mês depois de o projeto aprovado que tratou do assunto ter sido enviada pela Assembleia Legislativa, em 24 de agosto. A medida faz parte da reforma administrativa do estado.

PINGAFOGO

Ainda sobre a votação na segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que negou liberdade ao ex-deputado André Vargas que recorreu de sentença do juiz Sérgio Moro, o da Operação Lava-Jato.

A votação foi por unanimidade. O relator, Teori Zavascki, e ainda Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Celso de Mello, além do presidente do colegiado, Gilmar Mendes, votaram contra a concessão de liberdade.

“Plano Estadual de Mediação de Conflitos Coletivos Socioambientais e Fundiários Rurais e Urbanos e de Manutenção e Reintegração de Posse Coletiva.” É, é isso mesmo, transcrição literal. Entendeu? Nem eu.

Trata-se de projeto na Assembleia Legislativa (ALMG). Nem precisa explicar que o autor é aquele deputado petista que dispensa dizer o nome, né? Ele ainda foi pedir ao presidente da Casa, Adalclever Lopes (PMDB), para pôr em tramitação. Se precisa pedir...

Foi na Comissão de Cultura e Esporte do Senado que integrantes de torcidas organizadas reclamaram de sofrer “campanha de criminalização nunca antes vista”.

É lógico. Quando elas estão brigando nas ruas nunca antes viram a criminalização que praticam.

 

 


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