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Estado de Minas

Tucano disputa contra tucano em Pouso Alegre, no Sul de Minas

Os dois aguardam a decisão da Justiça Eleitoral para saber quem vai permanecer na disputa


postado em 25/08/2016 06:00 / atualizado em 25/08/2016 15:26


(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)

A cidade de Pouso Alegre, no Sul de Minas, vive situação inusitada: dois candidatos do PSDB registraram candidatura e estão nas ruas fazendo campanha para virar prefeito. O imbróglio começou depois que o diretório nacional do partido decidiu anular a convenção municipal que escolheu Chico Rafael para a disputa e, em nova convenção, realizada em Belo Horizonte pelo diretório estadual, escolheu Rafael Simões do Hospital para concorrer. Diante do impasse, os dois aguardam a decisão da Justiça Eleitoral para saber quem vai permanecer na disputa.

Enquanto isso, o juiz eleitoral da cidade José Hélio da Silva, proibiu a TV local de cobrir as atividades dos dois concorrentes tucanos. As duas campanhas seguem com as agendas de panfletagem e corpo a corpo com os eleitores, que se deparam com voo duplo dos tucano na cidade.

A justificativa para a anulação da convenção municipal seria o descumprimento de um item da resolução do partido sobre cidades com mais de 100 mil habitantes, que necessitaria da autorização do diretório nacional para a condução da convenção. Segundo Rafael Simões, isso não ocorreu. “Nós nem concorremos porque não reconhecemos essa convenção”, afirmou. Ainda segundo ele, sua filiação ao PSDB ocorreu porque já havia um pré-acordo de que ele seria o candidato e que contou, inclusive, com a presença do atual opositor. “Eu fui convidado para ir para o PSDB pelo diretório e pelos senadores Aécio Neves (PSDB) e por Antônio Anastasia (PSDB)”, contou.

A versão foi confirmada pelo presidente estadual do PSDB, deputado federal Domingos Sávio, que ainda considerou a candidatura de Chico Rafael como “ilegítima”. “O nome de Rafael Simões foi construído em um ambiente de unidade. O que ocorreu foi ilegítimo e esdruxulo”, disse. Domingos disse que Chico agiu com a intenção de favorecer candidaturas concorrentes e que, durante todo o processo, não demonstrou interesse em concorrer, fazendo isso às vésperas do prazo.

Já a presidente do diretório municipal do partido, Lilian Siqueira, afirmou que Rafael Simões não quis concorrer com Chico Rafael e que não há irregularidades na escolha. “A nossa convenção é legítima. Eles estão querendo encontrar pelo em ovo”, disse. Lilian é vice na chapa de Chico Rafael e acredita que a atitude do diretório nacional e estadual visa prejudicar a candidatura da chapa dela, que não possui partidos coligados. Já a chapa com Rafael Simões conta com o apoio de 10 legendas (PSDB, PR, PP, PPS, DEM, SDD, PSL, PTB, PTdoB e PDT).

Procurado, Chico Rafael afirmou que em nenhum momento concordou com a escolha do nome de seu adversário de partido. E mais: segundo ele, a intenção da executiva é tentar barrar a sua candidatura e isso não passa de uma “migalha jurídica”. Ele rechaçou a hipótese de que Rafael Simões fosse uma “candidatura nata”, apenas por ser o preferido da cúpula tucana. “Eles pecaram contra o estatuto do próprio partido. Não existe a candidatura nata, a revelia dos outros filiados”, argumentou.

A Justiça Eleitoral tem ate o dia 12 de setembro como prazo final para decidir sobre o assunto. Mas a expectativa é de que uma decisão sobre o assunto saia ainda nesta semana. Os envolvidos estão apresentando as defesas, depois o MP vai dar o parecer e, por fim, o juiz definirá. Além dos dois candidatos tucanos, também estão na disputa pela Prefeitura de Pouso Alegre Alexandre Magno (PMDB), Puccini (PV), Virgília Rosa (PSB) e Wilson Pereira (PCdoB).


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