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Estado de Minas

Veja as principais barreiras adiante dos candidatos à Prefeitura de BH

Cada nome na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte tem uma barreira a superar, seja pela rejeição de parcela da população, seja pelo próprio desconhecimento do eleitorado


postado em 21/08/2016 06:00 / atualizado em 21/08/2016 11:28


Com pouco mais de um mês pela frente e em uma campanha mais restrita em termos de tempo e dinheiro do que as outras por causa das mudanças na legislação eleitoral, os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte têm desafios a serem vencidos na busca dos votos dos quase 2 milhões de eleitores da capital mineira. Na eleição mais pulverizada dos últimos 20 anos, os mais conhecidos carregam também aspectos de rejeição que precisam superar. Já os desconhecidos precisam trabalhar para dar força aos seus nomes.


Para o ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil, o maior obstáculo a vencer é a rejeição dos cruzeirenses, que representam a metade dos torcedores de futebol em BH. Com estilo sempre polêmico, Kalil ficou conhecido por provocações e declarações agressivas contra os rivais. Logo depois de ser lançado candidato, no entanto, mudou a posição e chegou a falar em entrevista ao Estado de Minas que quer ser prefeito dos atleticanos e cruzeirenses. Já no dia do registro de sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Kalil passou por uma prova de fogo. Militantes do concorrente Luis Tibé (PTdoB) o provocaram na saída, cantando “ão, ão, ão, Segunda Divisão”, em referência à queda do Atlético para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2006. O novo Kalil “paz e amor” apenas sorriu para os adversários.

Já o deputado estadual João Leite (PSDB), que também foi ligado ao futebol no passado, mas hoje é mais conhecido como parlamentar do que como ex-goleiro, tem como principal desafio mostrar que é um candidato que não está voltado apenas para os evangélicos e para temas relacionados aos direitos humanos. Ele foi presidente da Comissão de Segurança Pública e de uma comissão parlamentar de inquérito do sistema carcerário na Assembleia. Outro desafio do tucano, este bem mais pessoal, é superar as duas derrotas que sofreu nas primeiras vezes em que se candidatou à prefeitura. Em 2000, perdeu para Célio de Castro (PSB) e, em 2004, para Fernando Pimentel (PT).

O colega de Assembleia deputado Sargento Rodrigues (PDT) também precisa superar sua identificação excessiva com um setor. Militar da reserva, sempre atuou no setor da segurança pública e tem seus votos praticamente concentrados entre policiais e bombeiros. Em entrevista ao EM, no entanto, ele garante já ter vencido essa questão e ampliado seu eleitorado.

Para o vice-prefeito Délio Malheiros (PSD), o maior desafio talvez seja provar ao eleitor que os oito anos de gestão do prefeito Marcio Lacerda (PSB) foram positivos para a cidade. Ele precisará vencer a rejeição de setores como o cultural, que teve vários embates com a administração municipal no período. Também precisará explicar por que só conseguiu ser apoiado pelo socialista no último dia das convenções partidárias, quando Lacerda desistiu da candidatura do economista Paulo Brant. Uma questão comum para Délio e João Leite será explicar o fim da aliança entre PSDB e PSB que durou os oito anos da gestão Lacerda na PBH.

LAVA-JATO O candidato do PT, Reginaldo Lopes, terá de superar a rejeição ao PT na capital mineira. Um dos seus principais desafios será lidar com as acusações de corrupção que atingem o partido, alvo da Operação Lava-Jato, uma das maiores investigações envolvendo fraudes e propinas que o país já viu. O PT deve assistir na próxima semana à confirmação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. No governo do estado, é Pimentel o investigado na Operação Acrônimo. Talvez por isso, Reginaldo Lopes já avisou que sua campanha não será baseada no apoio de padrinhos. O deputado também terá de ampliar sua base, que, até então, se concentrava em São João del-Rei, e mostrar que não é mais um “estrangeiro” em BH.

Entre os demais postulantes, o desafio é se tornar conhecido em tão pouco tempo de campanha. Está neste caso o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB), que depois de se eleger pela primeira vez deputado federal em 2014 já tenta uma vaga no Executivo. O mesmo ocorre com os deputados federais e ex-vereadores Marcelo Álvaro Antônio (PR) e Luis Tibé (PTdoB), que precisam expandir suas bases. O colega de Câmara deputado Eros Biondini (PROS) precisa ampliar seu público para além dos católicos carismáticos.

 

Agenda dos candidatos

Rodrigo Pacheco (PMDB)
n Manhã – Gravação de programa
n 12h – Visita à Feira do Mineirinho

Alexandre Kalil (PHS)
n Manhã – Reunião com apoiadores e equipe de campanha

Reginaldo Lopes (PT)
n 7h30 – Percorre trecho da ciclovia na Lagoa da Pampulha
n 15h – Festejo do tambor mineiro
n 20h – Encontro com a juventude

Délio Malheiros (PSD)
n 12h – Almoço no Clube da Maturidade
n 14h – Festejo de Nossa Senhora do Rosário

Marcelo Álvaro Antônio (PR)
n 7h – Gravação de programa eleitoral
n 12h – Caminhada pelo Bairro Jardim Belmonte, Região Nordeste
n 20h – Encontro com moradores da Vila Fazendinha, Aglomerado da Serra

João Leite (PSDB)
n 10h30 - Visita à feira do bairro São Paulo

Luís Tibé (PTdoB)
n 8h – Carreata, Bairro Paulo IV
n 9h – Encontro com crianças na Igrejinha da Pampulha
n 12h – Encontro com colecionadores de carros antigos

Eros Biondini (PROS)
n 9h – Participa de missa
n 17h – Reunião com grupo jovem na Zona Norte


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