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Estado de Minas

Cassação de Cunha só após convenções dos partidos

Segundo Rodrigo Maia, a votação em plenário do processo contra Eduardo Cunha deve ocorrer a partir da segunda semana de agosto, depois das escolhas partidárias para as eleições de outubro


postado em 20/07/2016 06:00 / atualizado em 20/07/2016 07:30

Para que Cunha perca o mandato é preciso que 257 deputados votem a favor do relatório aprovado no Conselho de Ética que pede a sua cassação(foto: Flávio Soares/Câmara dos Deputados)
Para que Cunha perca o mandato é preciso que 257 deputados votem a favor do relatório aprovado no Conselho de Ética que pede a sua cassação (foto: Flávio Soares/Câmara dos Deputados)
Brasília – Um dia depois de dizer que acredita que o futuro do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já está definido pela cassação, o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o processo poderá ir a plenário só a partir da segunda semana de agosto. Maia explicou que a votação na primeira semana de agosto poderá ser difícil por causa das convenções eleitorais das disputas municipais, mas que irá acertar com os líderes a melhor data para apreciação do processo no plenário da Casa. “Na primeira semana de agosto, eu acho difícil, mas a partir da segunda é possível. Só não quero marcar data porque, se não tiver quórum, vão ficar me cobrando que adiei a votação. Vamos ter uma noção, na primeira semana, de qual é o quórum, para dar uma data objetiva desse assunto”, disse.


Para que Eduardo Cunha perca o mandato é necessário que 257 deputados votem a favor do relatório aprovado no Conselho de Ética que pede a sua cassação. O peemedebista é acusado de quebrar o decoro parlamentar por ter dito à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, no ano pasado, que não tem contas bancárias no exterior. Cunha foi denunciado posteriormente pela Procuradoria-Geral da República por usar suas contas na Suíça para depositar dinheiro obtido de propina em contratos da Petrobras.


Rodrigo Maia se reuniu nessa terça-feira (20) com o líder do governo, André Moura (PSC-SE), e o líder do PSD, Rogério Rosso (DF). Rosso perdeu a disputa para Maia na semana passada. O novo presidente afirmou que em agosto pretende garantir que a Casa tenha votações nos três dias da semana e, em setembro, dois dias. A prioridade na primeira semana será aprovar o projeto que trata das dívidas dos estados. “O que a gente quer é garantir a produtividade. Queremos votar três dias, pode ser segunda, terça e quarta ou terça, quarta e quinta. Ter em agosto uma pauta normal, de votação em três dias. Em setembro faremos votações em dois dias”.


Segundo Maia, a expectativa também é de que na primeira quinta-feira de agosto seja discutido o projeto que retira a obrigatoriedade de atuação da Petrobras como operadora única de todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produção em áreas do pré-sal. Ele voltou a ressaltar também que caso a equipe econômica do governo envie, no segundo semestre, ao Congresso, proposta prevendo aumento de impostos, ele não deverá colocá-la para votação. “As famílias e as empresas estão muito endividadas. Acho que as pessoas já estão dando a sua contribuição no pagamento de impostos. As pessoas não têm mais condição de fazê-lo neste momento”, afirmou Maia.


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