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Estado de Minas

PT decide neste fim de semana candidato para disputar Prefeitura de BH

Partido deve decidir ainda esta semana o nome para concorrer à Prefeitura de BH. Três estão na disputa, mas o esforço é para que até sábado a legenda chegue a um consenso


postado em 07/07/2016 06:00 / atualizado em 07/07/2016 07:39

O ex-vice-prefeito Roberto Carvalho é um dos nomes cotados para ser o candidato do PT à Prefeitura de BH (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O ex-vice-prefeito Roberto Carvalho é um dos nomes cotados para ser o candidato do PT à Prefeitura de BH (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

O PT pode decidir este fim de semana quem será seu candidato a prefeito de Belo Horizonte. No páreo estão o ex-vice-prefeito Roberto Carvalho, o deputado federal Reginaldo Lopes e o estadual Rogério Correia. Os três tentam um consenso para não haver disputa no partido, que realiza sábado um encontro dos filiados da capital. Ontem, eles se reuniram com o secretário de Governo, Odair Cunha, para tentar chegar a um consenso. Amanhã, véspera do encontro do diretório municipal, está marcada uma nova reunião com Odair. Caso haja unidade, o encontro pode ser adiado para domingo e virar um ato oficial de lançamento da candidatura. Caso não haja, os delegados poderão decidir no voto o nome do candidato. “O clima é de entendimento, unidade e consenso”, disse Roberto Carvalho, repetindo a mesma declaração dada pelos outros dois pré-candidatos, que garantem que até amanhã o nome vai ser decidido.


O aval para uma candidatura própria da legenda foi dado oficialmente esta semana pelo governador Fernando Pimentel, que se comprometeu a trabalhar para garantir apoio de outros partidos para o nome do PT. Entre as legendas cobiçadas pelos petistas estão PCdoB, Rede, PDT, PRB e PV. Algumas já têm seu pré-candidato, caso da Rede, com o deputado estadual Paulo Lamac, que deixou o PT recentemente. O PDT também tem seu nome, o deputado estadual Sargento Rodrigues. Apesar de ser opositor de Pimentel na Assembleia, seu partido é aliado do PT na luta contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff e tem bom relacionamento com Pimentel no estado.

“Estamos caminhando para uma convergência, essa é a ideia”, defende Reginaldo, tido entre os petistas como o mais empolgado com a disputa. Já o deputado Rogério Correia disse que deve se reunir hoje com sua base na capital para avaliar qual rumo deverá ser tomado. Para alguns integrantes da legenda, o nome pode ser mesmo o de Reginaldo Lopes. O problema, seria a falta de apoio entre os delegados do partido, grande parte ligada a Roberto e Rogério, mas a intenção é tentar uma unidade, revela essa fonte ouvida pela reportagem.

Reginaldo Lopes, deputado mais votado em Minas, também tem chance de ser escolhido para concorrer(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Reginaldo Lopes, deputado mais votado em Minas, também tem chance de ser escolhido para concorrer (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Apesar do apoio do governador, a expectativa de integrantes da legenda com a disputa não é muito grande. O partido está na berlinda por causa da Operação Lava-Jato, da crise econômica e do afastamento da presidente e tem uma das mais altas taxas de rejeição na capital. Antes dessa decisão, chegou a se cogitar uma tentativa de reaproximação do PT com o grupo do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que sucedeu Pimentel no comando do capital, tendo como vice, na época, Roberto Carvalho.

Mesmo não tendo vingado a aliança com Lacerda, o PT deve compor com o PSB, caso fique de fora em um eventual segundo turno. O nome do PSB para a sucessão de Lacerda é o ex-secretário de Cultura do governo do PSDB e presidente da Cenibra, Paulo Brant. Pelo PSDB, o candidato vai ser o deputado estadual João Leite, que já tentou duas vezes se eleger prefeito de Belo Horizonte. A estratégia do governador é lançar um candidato para marcar presença, garantir uma bancada de vereadores, tentar impedir o PSDB de conquistar a prefeitura e atrair Lacerda novamente para seu campo político, isolando os tucanos. Tudo de olho na sucessão de 2018 para tentar garantir que Lacerda saia candidato ao Senado e não ao governo do estado.

PSTU perde 700 filiados

A posição do PSTU em relação ao impeachment da presidente Dilma Roussef rachou a legenda. Ontem, um grupo de cerca de 700 filiados da legenda deixou o partido e anunciou a criação de uma organização de esquerda. O encontro para a fundação da nova legenda, ainda sem nome definido, deve acontecer no dia 23. Os descontentes queriam que o PSTU se posicionasse contra o afastamento da presidente, mantendo a postura de oposição ao seu governo e não ao lema “fora todos eles”. Defendiam ainda que a legenda participasse dos atos da Frente Povo Sem Medo, encabeçada pelo PSOL e MTST  para a formação de uma aliança de esquerda que tivesse como eixo o combate ao impeachment. O grupo dissidente também pregava que o partido participasse de uma frente de esquerda com PSOL, PCB e partidos sem registro e movimentos sociais para fazer frente aos ajustes fiscais. Em nota, a direção nacional do PSTU disse que “a maioria do partido rechaçou esta posição por considerar que o “Não ao impeachment” significava, na prática, “a mesma postura política da campanha contra o suposto golpe, deflagrada pelo PT para tentar manter Dilma no governo”. 

 

                        
                                                                                                                                    


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