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Estado de Minas

Carta divulgada em encontro do CNJ critica restrição a delações


postado em 30/06/2016 06:00 / atualizado em 30/06/2016 08:18

Brasília – Uma carta divulgada no encerramento do seminário sobre grandes casos criminais “Experiência Italiana e Perspectivas no Brasil” repudiou tentativa de políticos atingidos pela Operação Lava-Jato de modificar leis para limitar a assinatura de acordos de delação premiada entre o Ministério Público Federal e pessoas investigadas em inquéritos criminais. Promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, o seminário contou com a participação de representantes do Judiciário e do Ministério Público, do Brasil e do exterior. Também participaram do evento palestrantes da Itália e outros países. “São repudiáveis as tentativas de modificar a legislação que regula os acordos de colaboração premiada, para impedir que acusados privados de liberdade colaborem com a Justiça, como legítima estratégia de defesa e como forma de reduzir suas penas ou de melhorar suas situações carcerárias”, diz cópia da Carta de Brasília.

Nos últimos meses, políticos atingidos pela Lava-Jato se articulam para limitar acordos de delação. Alguns também querem derrubar, no Supremo Tribunal Federal (STF), a lei que permite o início do cumprimento de pena de prisão a partir de condenação em segundo grau.

Recente decisão do STF sobre o assunto tem impulsionado importantes delações premiadas. A carta defende ainda a aprovação de novas regras para cooperação internacional em matéria penal e a criação de novas forças-tarefas aos moldes dos grupos de trabalho encarregados das investigações da Lava-Jato. Para procuradores, delações premiadas e acordos de cooperação internacional têm sido fundamentais para o sucesso da Lava-Jato.

As forças-tarefas de procuradores criadas pelo procurador-geral Rodrigo Janot em Curitiba e em Brasília para comandar as investigações sobre corrupção na Petrobras também são consideradas essenciais para a Lava-Jato e deveriam servir de modelo para outras investigações de casos complexos. “Deve ser incentivada a constituição de forças-tarefas institucionais e interinstitucionais e a criação de equipes conjuntas de investigação, de forma a permitir o intercâmbio de informações processuais e de segurança pública entre órgãos de persecução criminal e agências de inteligência”, diz a carta.

 


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