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Estado de Minas

PT é rejeitado por 48% dos eleitores, aponta pesquisa

Pesquisa encomendada pelo Estado de Minas mostra descrédito da população de BH com os partidos. Legenda de Lula lidera recusa, seguida do PSDB, com 12%, e do PMDB, com 5%


postado em 13/06/2016 11:00 / atualizado em 13/06/2016 07:23


No embalo da crise política vivida no Brasil com as denúncias de corrupção se multiplicando, os partidos políticos estão em descrédito com os eleitores de Belo Horizonte – especialmente o PT da presidente afastada Dilma Rousseff. Pesquisa realizada pelo Giga Instituto para o Estado de Minas mostra o PT como o partido mais rejeitado entre os 1,1 mil eleitores da capital que foram entrevistados entre os dias 7 e 10 de junho. A legenda é recusada como opção por 48% dos entrevistados. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Na sequência vem o maior partido de oposição do então governo petista, o PSDB, criticado por 12% dos entrevistados, e o PMDB do presidente em exercício Michel Temer, apontado como a pior legenda por 5% de quem respondeu ao questionário. Houve ainda quem dissesse que rejeita todos os partidos: 1% dos eleitores. O mesmo índice foi adotado em relação ao Psol e à soma de outros partidos. Não souberam ou não responderam à pesquisa 33% dos eleitores consultados.

Para Adriano Cerqueira, diretor do Giga Instituto de Pesquisa, a rejeição ao PT é vivida não apenas na capital mineira, mas se transformou em um fenômeno nacional, resultado do desgaste do governo federal e do partido, iniciado com o escândalo do mensalão, ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “São muitas as denúncias de corrupção, várias figuras históricas do partido estão presas. Você tem aí as investigações da Operação Lava-Jato e o processo de impeachment (da presidente Dilma), que reforça esse desgaste do PT”, avalia ele.

O resultado desse descrédito nos partidos é refletido diretamente no poder de aliança dos seus principais caciques. Para se ter uma ideia, a pesquisa mostrou que 53% dos eleitores deixariam de votar em um candidato que tivesse como aliado o ex-presidente Lula. O apoio petista é indiferente para 31% dos entrevistados e aumenta a vontade de votar para 13%. Ou seja, o efeito negativo do apoio de Lula é de 40 pontos percentuais. O índice é obtido subtraindo os percentuais de “aumenta a vontade de votar” e “diminui a vontade de votar”.

Quem for aliado do governador Fernando Pimentel (PT) pode contar com o voto de 13% dos eleitores que se disseram motivados a votar em um candidato apoiado pelo petista, mas 44% poderão trocar de candidato por causa dele. Outros 40% se disseram indiferentes. Dessa forma, o apoio do Palácio Tiradentes resulta em um efeito negativo de 31 pontos percentuais.

O apoio do presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves também pode levar à perda de votos de 43% daqueles eleitores de Belo Horizonte que participaram do levantamento do Giga Instituto. Mas na outra ponta há 21% de consultados que se sentem motivados a votar no candidato que o tucano escolher para disputar o comandeo da capital, enquanto 33% são indiferentes. O efeito negativo é de 22 pontos percentuais.

O atual prefeito Marcio Lacerda (PSB) é aquele que vai tirar menos voto de um aliado: 34% tem diminuída a vontade de votar em quem o socialista apoiar. Já 22% se sentem incentivados a teclar os números do candidato que ele indicar e 41% disseram que não faz diferença para eles a aliança com Lacerda. O efeito negativo de Lacerda é o menor deles: 12 pontos percentuais.

Preferência

Nesse domingo (12), o Estado de Minas mostrou que o PSDB lidera a disputa para a Prefeitura de Belo Horizonte, com a indicação do deputado estadual tucano João Leite. Ele é apontado como o preferido dos entrevistados. No universo de 11 candidatos, o ex-presidente do Clube Atlético Mineiro Alexandre Kalil aparece em segundo lugar, com 6% dos votos, seguido do deputado federal Eros Biodini (Pros) e estadual Mário Henrique Caixa (PV), ambos com 4%. O atual vice-prefeito, Délio Malheiros (PSD), é o quinto mais votado, com 3%. Os demais candidatos tiveram índices variando entre 1% e 2%. Contando apenas os votos válidos – quando são excluídos os brancos e nulos –, João Leite é o preferido do eleitorado com 40% das intenções de voto, seguido de Alexandre Kalil com 15%.


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