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Estado de Minas

Deputados extrapolam o 'SIM' e o 'NÃO' e votos têm homenagens excêntricas

Parlamentares homenageam parentes e suas cidades natais, celebram aniversários e alfinetam adversários


postado em 17/04/2016 20:22

(foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados)
(foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados)

Apesar de só terem 10 segundos para expor seus votos, os deputados federais estão extrapolando no tempo e, mais ainda, nos agradecimentos. Além de declararem “SIM” ou “NÃO” pelos motivos de praxe como o Brasil, a Constituição, a democracia, o povo, a Justiça, a legalidade ou o fim da corrupção, os parlamentarem não deixam de citar, inclusive, nominalmente, os familiares, os amigos e seus estados. A esposa ou o esposo, além dos pais, como lembrou o deputado Laerte Bessa (PR-DF), que justificou sua escolha em homenagem à sua 'mãezinha', foram os mais citados, seguidos pelos filhos e netos. Teve até um representante de Goiás que votou anunciando o nascimento do primeiro bisneto. Já o deputado Tampinha (PSD-MT) enfatizou o aniversário de 100 anos do pai, que será celebrado em breve, e também dos dois filhos falecidos, Rodolfo e Rolan. Como se isso fosse relevante para uma votação histórica para o país.

Não faltaram citações à unidade da federação que representam ou do município que os elegeu. “Em nome do Vale do Juruá, no interior do Acre, em Cruzeiro do Sul, eu vou votar agora”, declarou Jéssica Sales (PMDB-AC). “Por tudo o que Umuarama representa”, justificou um parlamentar paranaense. “Pelo o que Canoas, no Rio Grande, me ensinou”, ressaltou Luiz Carlos Buzato (PTB-RS) ou “Pela importância de Ji-Paraná no Brasil”, como destacou um deputado de Rondônia. O político Alberto Filho (PMDB – MA) aproveitou para parabenizar a sua terra: “Meu voto é pelos 96 anos de Bacabau.”

A ironia e os ataques, é claro, estão mais do que presentes. Entre os que defendem o impeachment há muitos bradando, 'Tchau, querida. Tchau PT (Partido das Trevas)', enquanto que os contrários alfinetam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mesmo com ele presidindo a sessão. “Não aceito esse corrupto que está sentado na cadeira principal dessa casa. Ele deveria ser o primeiro a ser afastado”, declarou Ivan Valente (PSOL-SP).

E é claro que sobraram referências religiosas. Em nome de Deus, de Jesus, da minha Igreja, pelo profeta Isaías ou até “pela paz de Jerusalém”, como frisou Ronaldo Fonseca (PROS-DF) foram citações bem frequentes. Referências às categorias que representam também estão bem assíduas como “Viva o setor sucroalcooleiro (que produz açúcar e álcool)”, que foi a fundamentação do voto do dr. Sinval Malheiros (PTN-SP) ou até “Estou votando pelos militares de 1964”, como citou Eduardo Bolsonaro (PSC-SP).


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