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Estado de Minas

Sem acordo com líderes, Rosso decidirá sobre sessão da comissão no fim de semana

Mais de 100 deputados se inscreveram para o debate na comissão, que começa nesta sexta-feira à tarde. A expectativa é votar o relatório sobre o impeachment na segunda-feira


postado em 07/04/2016 14:55 / atualizado em 07/04/2016 15:30

Rogério Rosso (E) definirá se a reunião da comissão especial vai se estender para sábado e domingo(foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Rogério Rosso (E) definirá se a reunião da comissão especial vai se estender para sábado e domingo (foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
 

Brasília – Acabou sem um acordo a reunião da cúpula da comissão especial do impeachment com líderes partidários, para tratar sobre o rito de votação do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO). Caberá ao presidente do colegiado, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), decidir se haverá sessões de debate de madrugada, se estendendo para o sábado e o domingo. O relatório precisa ser votado até segunda-feira. 


A oposição defende que a sessão de debates, que terá início nesta sexta-feira à tarde, continue até se esgotar o número de parlamentares inscritos. Mais de 100 deputados, entre membros e não membros da comissão, se inscreveram. Titulares e suplentes podem discursar por 15 minutos e não 10 minutos. "Nada impede que se trabalhe de sábado e até eventualmente domingo, até porque a situação do Brasil é de excepcionalidade", pregou o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA).

Os líderes deixaram o encontro com Rosso sem chegar a um consenso. O líder do PT, Afonso Florence (BA), afirmou que o regimento determina dias regulares e que a atipicidade de uma sessão no fim de semana joga para a "desestabilização". "Não há necessidade e justificativa regimental para entrar no sábado e no domingo", argumentou.

O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), disse que sessões no fim de semana servem para criar "factóides" e que a normalidade das sessões em dias úteis deve prevalecer. "O que está em debate é a sensatez", comentou.

O petista afirmou que ainda não há plano de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Se houver flagrante ilegalidade, vamos recorrer, mas não é a nossa intenção", declarou.

Rosso deixou o encontro pela porta dos fundos, sem falar com os jornalistas.

Relatório

Florence classificou o parecer de Jovair de fraco, por não provar que houve crime de responsabilidade contra Dilma. "Consideramos que é um parecer muito frágil do ponto de vista jurídico", afirmou. Ele disse que a base aliada ainda trabalha com a possibilidade de derrotar o relatório na comissão e se demonstrou confiante de que a oposição não conseguirá obter 342 votos no plenário para afastar Dilma. "Esperamos ganhar na comissão. Se não ganhar, será apertado", comentou.

Enquanto a oposição se diz satisfeita com o parecer de Jovair, o líder do PSOL afirmou que o voto do relator tem pouco foco nas "pedaladas fiscais" e pouca "materialidade" de crime cometido pela presidente. "Pedalada fiscal não cassa presidente. Se cassar, tem de cassar vice-presidente também", afirmou.

Imbassahy disse que o relatório dá conforto para quem votará a favor do impeachment. "É um relatório bem formulado e cuidadoso", opinou.


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