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Estado de Minas

Dilma lança programa em meio a gritos da plateia de "Michel Temer, golpista"

Após o desembarque do PMDB do governo, lançamento do Programa Minha casa, minha vida se transforma em ato de defesa do mandato da presidente


postado em 30/03/2016 12:57 / atualizado em 30/03/2016 14:46

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de lançamento do Programa Minha Casa Minha Vida 3(foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de lançamento do Programa Minha Casa Minha Vida 3 (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Um dia depois de o PMDB romper com o governo, a militância petista participou nesta quarta-feira de cerimônia, no Palácio do Planalto, do lançamento do Programa Minha casa, minha vida 3, entoando o grito de "Michel Temer, golpista". Dilma participou da solenidade após cancelar viagem aos Estados Unidos marcada para hoje, onde participaria da 4ª Cúpula Sobre Segurança Nuclear. Em seu discurso, Dilma fez coro com os militantes ao reiterar, como já fez em outras ocasiões, que "impeachment sem crime de responsabilidade é golpe". A decisão da presidente de não ir aos Estados Unidos evita que o presidente nacional do PMDB e vice-presidente Michel Temer assuma a Presidência por dois dias.

O agora oficialmente desafeto de Dilma, Michel Temer, que promete uma "caravana da vitória" pelo país em breve, obteve nessa terça-feira (29) uma clara demonstração do ministro Jaques Wagner, chefe de gabinete de Dilma, como será o relacionamento da presidente com o seu vice: "com educação e só". Wagner também disse que a relação entre Temer e a presidente está "interditada" daqui por diante.

A presença de Dilma na solenidade desta quarta-feira também é um esforço do governo de tentar manter uma agenda positiva em meio ao turbilhão de notícias negativas que dia a dia desgatam o poder e a popularidade da presidente, ameaçada por um processo de impeachment. Nesta quarta-feira, pesquisa Ibope/CNI mostra que a aprovação de Dilma não ultrapassa o teto de 10%.

Minha Casa, Minha Vida

Promessa de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o governo lançou nesta quarta-feira a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida (MCMV), uma das vitrines da gestão do PT. Como já havia feito outras vezes, a presidente Dilma Rousseff reuniu no Palácio do Planalto movimentos sociais e empresários da construção para anunciar as regras da nova etapa do programa.

A presidente anunciou o MCMV 3, pela primeira vez, em julho de 2014, na véspera do início da campanha eleitoral, na comunidade do Paranoá, em Brasília. Neste dia, ela prometeu construir 3 milhões de moradias até o fim de 2018, o que foi repetido na campanha e no início do segundo mandato.

Dilma recuou e agora a nova meta é construir 2 milhões de unidades, com investimentos de cerca de R$ 210,6 bilhões, sendo R$ 41,2 bilhões do Orçamento Geral da União. A maior parte dos recursos sairá do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A grande novidade do MCMV é a faixa intermediária, batizada de faixa 1,5. Ela beneficiará famílias que ganham até R$ 2.350. A nova faixa terá subsídios de até R$ 45 mil para a compra de imóveis cujo valor pode chegar a R$ 135 mil, de acordo com a localidade e a renda. Além do "desconto", os juros do financiamento também serão subsidiados, de 5% ao ano. O FGTS será a fonte desses subsídios.

Lançado há sete anos, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Minha Casa Minha Vida já contratou 4,2 milhões de moradias, das quais 2,6 milhões foram entregues. O investimento total, segundo o governo, ultrapassa R$ 294 bilhões.


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