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Estado de Minas

Claro levou 10 horas para suspender interceptação telefônica


postado em 18/03/2016 15:13

Brasília, 18 - A companhia telefônica Claro levou 10 horas e 47 minutos para atender à ordem do juiz federal Sérgio Moro para interromper o sinal que direcionava para o sistema Guardião, da Polícia Federal, as conversas de um telefone usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse, segundo o jornal

O Estado de S. Paulo

, foi o tempo em que o sistema da Polícia Federal interceptou as ligações depois que o juiz já havia determinado o encerramento das escutas.

A operadora recebeu e-mail com ofício judicial da 13.ª Vara federal às 12h46, mas cumpriu a determinação às 23h33 do mesmo dia 16 de março.

A PF não informa quantas ligações foram feitas durante essas 10h47min, mas, no documento que encaminhou para o juiz Sérgio Moro, destacou apenas como relevante a conversa entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, na qual ela informa que estava enviando para ele o termo de posse para ser usado "em caso de necessidade".

O diálogo de Lula com Dilma foi enviado como anexo pela PF à Justiça Federal, porque o relatório com o conteúdo das demais interceptações seguiu numa primeira leva. O anexo não incluía alerta de que o diálogo foi monitorado após o prazo de encerramento da escuta.

Íntegra

Segundo investigadores, todas as conversas são monitoradas, mas os técnicos apenas destacam no texto os pontos que entendem servir para a investigação. A Justiça, contudo, tem acesso ao conteúdo integral dos áudios, que incluem até mesmo conversas "mundanas". Cabe então ao juiz decidir se vai usar os dados colhidos após a ordem de interromper a interceptação.

A demora na interrupção das conversas, dizem os investigadores, é corriqueira. Depende do sistema operacional das companhias telefônicas, única responsável por interromper o monitoramento. A Polícia Federal não tem como fazê-lo, por questões técnicas, porque isso significaria paralisar todos os demais grampos.

Relevância

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 1.ª instância da Justiça, afirmou, por meio de nota, que "não havia reparado antes" das críticas que a conversa entre o ex-presidente Lula e Dilma se deu após o seu despacho, mas considerou que não "vê maior relevância" no caso.


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