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Estado de Minas

Câmara anexa delação de Delcídio ao pedido de impeachment de Dilma

Nessa quinta-feira, 16, Cunha disse que não acrescentaria nada à peça em tramitação na Casa e que caberia à comissão especial analisar o pedido


postado em 17/03/2016 22:37 / atualizado em 17/03/2016 22:46

Deputado Rogério Rosso, aliado de Cunha, é presidente da comissão que avaliará pedido de impeachment(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Deputado Rogério Rosso, aliado de Cunha, é presidente da comissão que avaliará pedido de impeachment (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Câmara dos Deputados decidiu hoje (17) anexar ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo no Senado, de acordo com informações do primeiro-secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP). Mansur foi o responsável por comunicar à Dilma sobre a abertura do processo.

“Estamos enviando o que foi lido no plenário [a representação inicial] e tem um nova informação, que é a delação premiada do Delcídio”, destacou Mansur pouco antes de se dirigir ao Palácio do Planalto para entregar a documentação ao ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.

Questionado sobre quem teria juntado os documentos, Mansur afirmou não saber quem determinou a juntada do documento, mas disse acreditar que teria sido feita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a pedido de Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, autores da representação.

Ontem (16), Cunha disse que não acrescentaria nada à peça em tramitação na Casa e que caberia à comissão especial analisar o pedido “Está aqui no documento que estou levando. Recebi da Mesa Diretora e não sei quem decidiu”, informou Mansur. “Entregar a documentação é minha responsabilidade. Caso a defesa da presidenta [Dilma] queira questionar, ela poderá fazê-lo na comissão especial”, acrescentou.

A intenção de aditar o pedido de impeachment já havia sido anunciada por líderes da oposição, logo após a divulgação do documento pela imprensa. A estratégia era que os responsáveis pela representação fariam o pedido de juntada do documento à Mesa Diretora da Câmara. Na ocasião, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que um aditamento ao pedido de impeachment tornaria o processo ilegal.

Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) atribuiu o aditamento ao jogo político. Segundo ele, a questão será debatida na comissão especial do impeachment. “Tudo isso estará dentro da comissão. São peças que já estão no tabuleiro. A comissão tem um fato, que é determinar se a presidenta cometeu ou não um crime de responsabilidade. Pessoalmente, acredito que ela não cometeu”, concluiu Guimarães.

 


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