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Estado de Minas

Aécio Neves diz que citações de Delcídio sobre ele 'são todas falsas'

Tucano é citado três vezes na delação premiada feita pelo senador


postado em 15/03/2016 17:19 / atualizado em 15/03/2016 18:02

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nesta terça-feira uma nota na qual afirma que as citações sobre ele feitas pelo senador e ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (sem partido-MS), em delação premiada homologada no período da manhã pelo Supremo Tribunal Federal (STF), são "todas elas falsas". Segundo o tucano, as menções são "mentirosas" que não se sustentam na realidade e se referem apenas a "ouvi dizer" de terceiros.

Na nota, o tucano rebate cada um dos três pontos em que Delcídio, que pediu desfiliação do PT mais cedo, citou-o. No primeiro caso, ele rebate o fato de uma fundação que a mãe de Aécio planejou criar no exterior. Segundo ele, é um "assunto requentado", amplamente divulgado pela internet, mas que foi investigado e arquivado pela Justiça e pelo Ministério Público Federal há vários anos.

O presidente do PSDB disse que, no ano passado, o PT voltou a apresentar a mesma "falsa denúncia" à Procuradoria-Geral da República. Entretanto, o assunto foi novamente arquivado. O senador citou que a mãe de Aécio cogitou vender alguns imóveis e aplicar os recursos no exterior, mas o projeto foi suspenso em função da doença do marido e a fundação não chegou a ser implementada.

"Esses valores foram transferidos pelo representante para uma conta e corresponderam à totalidade dos depósitos realizados que foram integralmente consumidos em pagamentos de taxas e honorários. A conta nunca foi movimentada", disse Aécio. "A criação da fundação foi devidamente declarada no Imposto de Renda da titular", completou.

O tucano disse que Delcídio repete "acusações falsas" quando o acusa de ter recebido propina de Furnas. No ano passado, o doleiro Alberto Youssef já tinha feito as mesmas declarações. O Ministério Público Federal, contudo, pediu o arquivamento de inquérito contra ele.

"É curioso observar a contradição na fala do delator já que ao mesmo tempo em que ele diz que a lista de Furnas é falsa, ele afirma que houve recursos destinados a políticos", criticou o senador.

Por último, Aécio rebateu a citação feita por Delcídio no contexto da CPI dos Correios, do qual o hoje delator presidiu a comissão parlamentar. "O senador jamais tratou com o delator Delcídio de nenhum assunto referente à CPMI dos Correios. Também jamais pediu a ninguém que o fizesse", disse. "Nunca manteve qualquer relação com o Banco Rural, teve conta corrente na instituição ou solicitou empréstimos", completou.

O tucano destacou que o PSDB não atuou na extinta CPI com o objetivo de proteger ninguém. Ele disse que, pelo contrário, o posicionamento tucano sempre foi em favor do aprofundamento das investigações das denúncias. A assessoria do tucano incluiu cópia do relatório final da comissão, no qual o partido sugeriu o indiciamento de integrantes do partido envolvidos.

"Por fim, e ainda sobre esse assunto, é fácil demonstrar que Delcídio do Amaral não está falando a verdade. Ele diz que foi a Minas tratar com o então governador Aécio de assunto referente à CPMI. É mentira. O relatório final da CPMI data de abril de 2006 e a viagem de Delcídio a Minas ocorreu dois meses depois, no dia 7 de junho de 2006. O que demonstra que ele não poderia ter tratado de assunto da CPMI já encerrada. Na verdade, o encontro ocorrido foi a pedido dele para tratar do apoio partidário a seu nome nas eleições estaduais, em 2006, quando ele pretendia ser candidato no Mato Grosso do Sul", concluiu.

O deputado federal e relator da CPMI dos Correios, Osmar Serraglio, saiu em defesa do tucano Aécio Neves. Em nota divulgada à imprensa, ele afirma não ter tomado conhecimento “de qualquer interferência ou sugestão, de parte do senhor Aécio Neves, então governador de Minas Gerais, no sentido de retardar a quebra do sigilo ou a obtenção de dados daquele estabelecimento”, diz o político em referência à acusação de Delcídio referente à suposta maquiagem de dados do tucano no Banco Rural.

Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria de imprensa do senador Aécio Neves:

O senador Delcídio do Amaral citou o nome do senador Aécio Neves em três circunstâncias, todas elas falsas:

São citações mentirosas que não se sustentam na realidade e se referem apenas a “ouvir dizer” de terceiros.

1 – Delcídio do Amaral se refere a uma fundação que a mãe do senador planejou criar no exterior. Trata-se de assunto requentado já amplamente divulgado nas redes petistas na internet e, inclusive, já investigado e arquivado pela Justiça e pelo Ministério Público Federal há vários anos.


O assunto em questão foi devidamente analisado e arquivado, há mais de cinco anos, em 2010, após a Justiça Federal e o MPF do Rio de Janeiro constatarem a inexistência de qualquer irregularidade. Não houve sequer abertura de ação penal.

Ano passado, membros do PT reuniram material divulgado na internet e voltaram a apresentar a mesma falsa denúncia à Procuradoria Geral da República. Após o fornecimento das informações, o assunto foi novamente arquivado. Desta vez pela PGR, mais uma vez constada a inexistência de qualquer irregularidade.

Em 2001, a mãe do senador Aécio Neves cogitou vender alguns imóveis e aplicar os recursos no exterior. No entanto, o projeto foi suspenso em função da doença do marido dela e a fundação não chegou a ser implementada de fato.

Para o projeto, ela buscou a assessoria de um profissional que havia sido durante anos representante oficial de instituição financeira internacional, legalmente constituída no Brasil, sr. Norbert Muller. À época do contato, não existia qualquer razão para se duvidar da idoneidade profissional do representante.

Durante os seis anos em que o projeto ficou em suspenso (período entre assinatura dos primeiros documentos e o cancelamento definitivo do projeto, em 2007, em função do agravamento do estado de saúde de seu marido), a responsável fez dois pagamentos, em moeda nacional, e no Brasil, ao sr. Muller, referentes a despesas cobradas por ele.

Esses valores corresponderam a uma média anual de cerca de 5 mil dólares. Esses valores foram transferidos pelo representante para uma conta e corresponderam à totalidade dos depósitos realizados que foram integralmente consumidos em pagamentos de taxas e honorários. A conta nunca foi movimentada.

A criação da fundação foi devidamente declarada no Imposto de Renda da titular.

2 - Sobre a menção ao nome do senador Aécio com relação a Furnas, Delcídio repete o que vem sendo amplamente disseminado há anos pelo PT que tenta criar falsas acusações envolvendo nomes da oposição.

É curioso observar a contradição na fala do delator já que ao mesmo tempo em que ele diz que a lista de Furnas é falsa, ele afirma que houve recursos destinados a políticos.

3 – O delator relaciona o nome do senador Aécio ao Banco Rural no contexto da CPMI dos Correios. O senador jamais tratou com o delator Delcídio de nenhum assunto referente à CPMI dos Correios. Também jamais pediu a ninguém que o fizesse.

Nunca manteve qualquer relação com o Banco Rural, teve conta corrente na instituição ou solicitou empréstimos.

É fácil demonstrar que o PSDB não atuou na CPMI dos Correios com o objetivo de proteger ninguém. Pelo contrário, pode ser comprovado o posicionamento do PSDB na CPMI em favor do aprofundamento das investigações de todas as denúncias feitas durante os trabalhos da Comissão, incluindo aquelas relacionadas a nomes de integrantes do partido.

Segue anexa cópia da nota divulgada à época sobre o relatório final dos trabalhos da CPMI dos Correios, no qual é sugerido o indiciamento de integrantes do PSDB envolvidos.

Por fim, e ainda sobre esse assunto, é fácil demonstrar que Delcídio do Amaral não está falando a verdade. Ele diz que foi a Minas tratar com o então governador Aécio de assunto referente à CPMI. É mentira. O relatório final da CPMI data de abril de 2006 e a viagem de Delcídio a Minas ocorreu dois meses depois, no dia 7 de junho de 2006. O que demonstra que ele não poderia ter tratado de assunto da CPMI já encerrada. Na verdade, o encontro ocorrido foi a pedido dele para tratar do apoio partidário a seu nome nas eleições estaduais, em 2006, quando ele pretendia ser candidato no Mato Grosso do Sul.


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