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Estado de Minas

Partido da Mulher não tem representante no Congresso

Legenda criada no fim do ano passado vai ficar sem representante feminina no Congresso


postado em 08/03/2016 06:00 / atualizado em 08/03/2016 07:25

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) não terá representante feminina no Congresso Nacional. As únicas deputadas que integravam a legenda, Dâmina Pereira (MG) e Brunny (MG), confirmaram que vão deixar o PMB até a próxima semana. A bancada do partido passa a ser formada exclusivamente por homens, sendo que alguns deles se movimentam para deixar a legenda até o fim da janela partidária, no dia 18. As mulheres também não conseguiram dominar os espaços nas presidências dos diretórios estaduais e metade deles é comandada por homens.


“Infelizmente, o partido não terá mais representantes femininas. Uma pena, porque gostaria de ficar, mas percebi que não seria fácil. Alguns acordos não foram cumpridos desde o início e perdemos espaço nas decisões”, explica Brunny. A deputada, que está de malas prontas para o PR, conta que não houve problemas no relacionamento com os colegas da legenda, mas esperava uma força maior para as integrantes mulheres tanto no parlamento quanto nos diretórios. “As mulheres deveriam ter tido mais prioridade, mas isso não ocorreu”, avalia.


Para a deputada Dâmina Pereira, o abandono feminino do PMB não representa um enfraquecimento das propostas de valorização das mulheres no Congresso. Líder da bancada feminina, a parlamentar mineira já acertou a filiação ao PSL. “No princípio, as ideologias do PMB me atraíram muito, mas as coisas foram ocorrendo de uma forma que não me senti à vontade. Ainda assim, a bancada tem bandeiras consolidadas e

grande importância no cenário político”, avalia Dâmina. Entre as principais reivindicações das mulheres no Parlamento está a luta por uma maior participação feminina nos partidos políticos. Hoje, várias legendas têm dificuldade para cumprir a cota de 30% exigida pela legislação.


O PMB foi criado em setembro do ano passado, antes da janela partidária que permite aos parlamentares mudar de legenda por 30 dias sem correr o risco de perder os direitos políticos. Muitos parlamentares aproveitaram a criação do novo partido – o 35º do país – e conseguiram autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para deixar suas antigas agremiações. O partido serviu como um trampolim para alguns deputados.


A assessoria do deputado Carlos Gaguim (PMB), líder do partido na Câmara, informou que o parlamentar tem conversado com os colegas que manifestaram desejo de deixar a legenda, mas que a tendência é o enfraquecimento do PMB até o fim da janela partidária. “Não temos a menor ideia de como ficará a formatação do partido. A cada dia que abrimos o site da Câmara, verificamos que um ou outro deputado deixou a legenda”, informou a assessoria de Gaguim. Hoje, o partido conta com 14 deputados e um senador. O líder do PMB não quis comentar a ausência de mulheres parlamentares no PMB.


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