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Estado de Minas

Coluna do Baptista: PBH extingue 600 cargos comissionados


postado em 20/02/2016 12:00 / atualizado em 20/02/2016 12:50


Se o ataque é a melhor defesa, os tucanos foram buscar no tempo argumento para tentar conter os ataques do PT ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Fazem questão de lembrar que questões pessoais não devem servir de munição política. E citam a postura que tiveram quando veio à tona um suposto romance do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Rosemary Noronha, então chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo.


É, pode ser. Mas naquela época ninguém teve informações de que havia dinheiro envolvido no caso, ao contrário do que suspeita o Ministério Público. E dinheiro público favorecendo empresas que prestavam serviços ao governo. A República das Bananas vai se tornar a República das Amantes, se assim continuar.

Deixando de lado os romances policiais, ops, os romances políticos, é preciso voltar à realidade brasileira. A reforma da Previdência que a presidente Dilma Rousseff (PT) diz ser fundamental para o país corre sério risco de não ser aprovada no Congresso. E de onde vem a principal resistência a ela? Da oposição? Não, vem principalmente da bancada petista na Câmara dos Deputados. Com aliados assim, a presidente Dilma não precisa de opositores. Se não convence em casa, como negociar com os vizinhos?

Como terá problemas também com a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mesmo prometendo dividir o bolo com prefeitos e quiçá com os governadores, a presidente Dilma corre sério risco de seu ajuste fiscal virar uma peça de ficção. E, se isso acontecer, o filme não passa no Congresso. Vai para as telas dos cinemas.

E, como este sábado é apropriado, os planos de ajuste fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff vão acabar se transformando numa noite de sonho com direito ao fim do horário de verão.

Medidas drásticas

É, a crise econômica atual é mesmo ampla, geral e irrestrita. A Prefeitura de Belo Horizonte publica hoje no Diário Oficial do Município (DOM) a exoneração de mais de 600 servidores que ocupavam cargos de confiança, os chamados cargos de recrutamento amplo. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) revela que se viu obrigado a “tomar medidas drásticas”, pela necessidade de tomar providências para ajustar as contas da prefeitura, diante da brutal queda de receita, por causa da recessão econômica por que passa o país. “A crise econômica é generalizada, atinge a todas as esferas do poder público e não há como fugir de assumir a responsabilidade”, revela uma fonte da prefeitura.

Santa Casa
Os médicos autônomos da Santa Casa BH (cerca de 40% dos médicos que trabalham na instituição) estão de braços cruzados desde o dia 11. O motivo desta vez não é atraso de pagamento: os profissionais reivindicam aumento de 17,6% para todos os procedimentos médicos efetuados no hospital. Sem aumento das tabelas do SUS ou reajustes nos contratos firmados com o poder público, a Santa Casa BH já informou que não há como pagar. Em época de crise, péssima hora para radicalizar, já que no país muita gente está ajoelhando pra conseguir manter o próprio emprego.

A voz do leitor

Escreve o leitor Kleber Pereira Gonçalves: “Prezado jornalista, bom dia. Permita-me tecer considerações sobre sua coluna. No quesito infidelidade, os políticos vão bem, pois na vida privada não são fiéis às esposas, com os casos comprovados de Renan Calheiros, Fernando Henrique e, segundo se diz, Lula. Na vida política são fiéis apenas aos cargos e às oportunidades de se locupletarem às custas dos impostos escorchantes pagos pelos brasileiros. Quanto à campanha de combate à ‘mosquita’, não tenho dúvida de que se trata de manobra diversionista, visando tirar o foco dos graves problemas nascidos nos criadouros da Presidência, para os quais não há vacina a não ser a saída dela e dos seus acólitos do poder”.

Ah! As pautas
O portal da Câmara dos Deputados entrevistou os líderes de bancada que foram eleitos. Três merecem citação. O líder do PT, Afonso Florence (BA), afirma que o “PT combaterá a tentativa de golpe”. Já o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), avisa que a “prioridade em 2016 será aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT)”. Mas o melhor ainda estava por vir. O novo líder do PSOL, Ivan Valente (SP), diz que “o partido quer combater as pautas retrógradas”. Não quer andar para trás.

Horário de verão
“Fica instituída a hora de verão, iniciando não antes da zero hora do primeiro domingo do mês de outubro de cada ano e terminando não após a zero hora do último domingo do mês de janeiro do ano subseqüente.” “Altera o Código Eleitoral, para estabelecer que, no dia da eleição, a votação em todo o território nacional será realizada em conformidade com o horário de Brasília. Nos anos em que houver eleição, a hora de verão somente será iniciada após a data de realização do pleito. O recebimento dos votos começará às 9 e terminará às 18h, alterando o período atual de 8 às 17h.” Projetos no Senado sobre o horário de verão.

PINGAFOGO

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, embora tenha feito ressalvas como avaliar se houve “eventual ocorrência de delito”, já avisou que a Polícia Federal fará investigação caso sejam observados delitos puníveis.

E disse mais: “Isto não vale apenas para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas para todos os brasileiros e brasileiras. Aquilo que for de competência da PF e tiver indícios de pratica criminosa será absolutamente investigado”.

Mais uma frente parlamentar mista foi lançada no Congresso esta semana. Desta vez, é a do Aperfeiçoamento da Justiça Brasileira. Uma tarefa difícil. Será necessário ter muita “agilidade” para atingir seus objetivos.

Dói no bolso. Em mês pequeno e com carnaval e tudo, os preços nos sacolões de Belo Horizonte subiram em média 5,51%. Se servir de consolo, a carne ficou estável. Deve estar encalhada de tão cara.

E o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), depois de longo e tenebroso inverno, conseguiu finalmente deixar a prisão. Uma temporada e tanto na cadeia. Ele foi preso em 25 de novembro do ano passado.

E a tesoura afiada do governo federal vai atingir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as emendas parlamentares. As emendas dos nobres deputados e senadores? O governo pode ir preparando o lombo.

 


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