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Estado de Minas

Ato pelo impeachment realizado neste domingo é menor do que em manifestações anteriores

Movimento que aconteceu em pelo menos sete capitais e no Distrito Federal contra a corrupção e pela saída da presidente Dilma não tem adesão de eventos anteriores


postado em 13/12/2015 15:10 / atualizado em 13/12/2015 19:15

Ver galeria . 9 Fotos Em São Paulo, manifestantes se espalham ao longo de vários quarteirões da Avenida PaulistaLuiz Ribeiro/EM/D.A Press
Em São Paulo, manifestantes se espalham ao longo de vários quarteirões da Avenida Paulista (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press )

Os protestos pelo impeachment da presidente Dilma ganharam as ruas de várias capitais do país neste domingo, mas contaram com menor número de participantes que em atos anteriores, como nas manifestações de 15 de março e 16 de agosto. Os participantes pediam desde a saída da presidente até o fim da corrupção. O verde-amarelo foi a cor escolhida, e símbolos como a bandeira do Brasil desfilaram pelas capitais. Um grande boneco inflável representando o ex-presidente Lula vestido de presidiário também foi utilizado em praticamente todas os protestos. Organizadores do movimento anunciaram 13 de março como data do próximo protesto.

Em São Paulo, a estimativa de organizadores é de que 80 mil pessoas tenham participado do ato. Em 15 de março, a estimativa era de 1 milhão de participantes. A Polícia Militar não divulgou números. "A gente já esperava que a manifestação de hoje tivesse menos gente, já que tivemos só 10 dias para organizar", justificou Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua, um dos organizadores do protesto.

Charles Putz, professor de administração da Fundação Getulio Vargas e também integrante do Vem pra Rua discursou com o corpo pintado de verde e amarelo. "Michel Temer não me agrada, mas é o que está previsto na Constituição. O melhor cenário é a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral", disse.

Uma das novidades desta manifestação foi a participação da Federação das Indústrias de São paulo (Fiesp), que levou para a Avenida Paulista uma orquestra, um pato inflável gigante amarelo, símbolo da campanha contra o aumento de impostos. A Fiesp também distribui bexigas para protestar contra a intenção de recriar a CPMF.

Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, segundo a Polícia Militar foram 5 mil. Max Fernandes, do movimento Vem pra Rua, em Minas, diz que o ato chegou a contar com cerca de 6 mil manifestantes. No Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Salvador, Goiânia e Belém também foram realizadas manifestações.

Brasília

Em Brasília, mais de 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, se manifestaram contra a presidente e pelo fim da corrupção. Número bem inferior ao registrado em 16 de agosto, quando participaram 25 mil pessoas.

A mobilização pacífica, que durou cerca de três horas, terminou por volta das 13h, de acordo com a PM, sob céu fechado e chuva. Por volta das 11h, aproximadamente 600 manifestantes seguiram caminhando pela Esplanada, em direção ao Congresso Nacional. Vestidos em maioria de amarelo e com bandeiras do Brasil, os participantes executaram o Hino Nacional e bradaram palavras de ordem pedindo o afastamento da presidente.

Rio de Janeiro

Manifestantes que participam neste domingo, na Praia de Copacabana, defendem o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a convocação de novas eleições. Embora o alvo principal dos ativistas seja o afastamento da presidenta da República, é grande o número de pessoas que defendem a saída do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Recife, Belém e Salvador

 No Recife, capital de Pernambuco, a manifestação pró-impeachment reuniu cerca de 500 pessoas na praça do Marco Zero, Região Central da cidade. Na capital pernambucana, o ato é coordenado pelos movimentos Estado de Direito, Vem Pra Rua e Direita Pernambuco. De acordo com Diego Lajedo, coordenador do Estado de Direito, outras mobilizações deverão ser realizadas nas próximas semanas, com o mesmo mote: a defesa do afastamento da presidente Dilma Rousseff. "O povo acordou e está na rua", disse.

Apesar de defender o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o coordenador do Vem Pra Rua, Gustavo Gesteira, afirma que o ato de hoje é exclusivo para pedir o impeachment de Dilma. Estão presentes vários políticos dos partidos de oposição ao governo federal. Entre eles os deputados  Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Daniel Coelho (PSDB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB). A Polícia Militar de Pernambucano não divulgou nenhuma estimativa de público do evento.

Em Belém, cerca de 5 mil pessoas, de acordo com a organização, participaram da caminhada realizada na manhã deste domingo. Conforme a PM, 1.200 pessoas participam da manifestação. O protesto teve a participação do deputado federal delegado Éder Mauro (PSD-PA) – o PSD faz parte da base aliada do governo e tem o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.

Na capital paraense, a manifestação iniciou por volta das 9h30 com caminhada no entorno da Praça da República. Logo no início da movimentação, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a favor do governo Dilma, aparecem no local, o que gerou um princípio de tumulto. A Polícia Militar teve que intervir para controlar a situação.
Com faixas e cartazes contra o atual governo, os manifestantes seguem em direção da Praça Batista Campos, que marca o fim do ato. Ao todo 250 policiais militares realizam a segurança do evento.

Em Salvador,  capital da Bahia, cerca de 500 pessoas foram para as ruas pedir o impeachmente da presidente Dilma Rousseff. 

Porto Alegre

Na capital gaúcha, a concentração para o protesto em defesa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou às 15 horas com uma estrutura pequena e sem estimativa de público por parte dos organizadores.

"Preferimos deixar livre, não temos previsão, porque sabemos que não vai se comparar aos protestos anteriores", disse Rafael Bandeira, um dos porta-vozes do Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul.

Nos três atos que os movimentos contrários a Dilma realizaram ao longo do ano, Porto Alegre se destacou pela alta adesão. Desta vez, assim como em outras cidades, os organizadores fazem questão de dizer que a mobilização não será algo do porte das que levaram milhares de pessoas às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto. Por isso, a manifestação deste domingo é considerada um "esquenta" para um grande protesto a favor do impeachment que deve ser realizado em 2016, ainda sem data marcada.

 

 


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