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Estado de Minas

Ministro do Trabalho diz que condenação de mandantes da 'Chacina de Unaí' é 'simbólica'

Os irmãos foram considerados os mandantes do crime, ocorrido em 2004, que resultou nas mortes de três fiscais do trabalho e um motorista na cidade do Norte de Minas


postado em 06/11/2015 16:54 / atualizado em 06/11/2015 17:51

Miguel Rossetto (foto) se solidarizou com as famílias das vítimas do crime (foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)
Miguel Rossetto (foto) se solidarizou com as famílias das vítimas do crime (foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)

O Ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, disse nesta sexta-feira que a condenação de Antérico Mânica é “simbólica”. Em nota, Rossetto prestou solidariedade às famílias dos quatro mortos na “Chacina de Unaí” e disse que o país repudia atos de violência. “A condenação dos acusados da chacina de Unaí é simbólica. Demonstra com firmeza que o país não aceita a barbárie, a impunidade e repudia qualquer tipo de ameaça, física ou verbal, aos Auditores Fiscais do Trabalho, que honram sua profissão lutando para garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em todo Brasil”, disse.

O ex-prefeito de Unaí Antério Mânica foi condenado a 100 anos de prisão, em regime fechado, como mandante das mortes de três fiscais do trabalho e um motorista na cidade do Norte de Minas, em 2004, crime que ficou conhecido como Chacina de Unaí. Antério, que poderá recorrer em liberdade, está inelegível por oito anos em razão de condenação na Justiça eleitoral por abuso de poder econômico durante campanha eleitoral. Atualmente, ele está sem partido. Resultado do júri em Belo Horizonte foi comemorado pelas famílias das vítimas e colegas de profissão que acompanharam todo o julgamento.

O ex-prefeito disse durante o júri que o envolvimento dele no crime “é um grande equívoco do Ministério Público”. Antério é irmão do fazendeiro Norberto Mânica, conhecido na cidade do Noroeste mineiro como o 'Rei do Feijão'. O fazendeiro foi condenado na sexta-feira a 100 anos de prisão, ao ser considerado o mandante do assassinato a tiros de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego. “Não tenho nada com esse crime. Norberto não é Antério. Norberto é meu irmão. Os Mânicas são cinco produtores rurais com fazenda distintas”, afirmou.

Na próxima semana está marcado o julgamento do último dos acusados de participação na chacina. O cerealista Hugo Pimenta vai à juri popular. Ele fez delação em 2007 e acusa Norberto Mânica de ser o mandante do crime.

A chacina aconteceu em 28 de janeiro de 2004. Os auditores fiscais Erastótenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Oliveira foram mortos a tiros quando faziam fiscalização de rotina na zona rural de Unaí.

 Com informações de Maria Clara Prates


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