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Estado de Minas

Cerealista vai dizer que ex-prefeito não participou da Chacina de Unaí

O ex-prefeito Antério Mânica é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego


postado em 04/11/2015 13:36 / atualizado em 04/11/2015 15:02

Antério Mânica chega para o julgamento, nesta quarta-feira, acompanhado do advogado Marcelo Leornardo(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Antério Mânica chega para o julgamento, nesta quarta-feira, acompanhado do advogado Marcelo Leornardo (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

O cerealista Hugo Alves Pimenta vai dizer, na tarde desta quarta-feira, ao Tribunal do Júri da Justiça Federal, em Belo Horizonte, que não tem conhecimento da participação de Antério Mânica na Chacina de Unaí. A informação é do advogado Lúcio Adolfo, que defende Pimenta da acusação de intermediar a contratação dos pistoleiros que executaram, em 2004, três fiscais do trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego. O julgamento de Antério como um dos mandantes do crime começou na manhã desta quarta-feira e a previsão é de que termine nesta sexta-feira (5).

 

Segundo o advogado, o pistoleiro Erinaldo de Vasconcelos Silva teria dito que ouviu alguém dizer que Antério estava no carro Marea no dia anterior ao crime. De acordo com Lúcio Adolfo, nem Erinaldo confirma que Antério estava no citado veículo na véspera do crime.

 

A defesa de Antério contesta a acusação de envolvimento de seu cliente na chacina. "Não há uma prova de envolvimento direto de Antério nos fatos, como não se produziu nos 11 anos do caso", disse o advogado Marcelo Leonardo.


Na manhã desta quarta-feira, antes do início do julgamento, o  advogado das viúvas das vítimas e assistente de acusação, Antônio Francisco Patente, afirmou que haverá surpresas no julgamento desta quarta-feira. Segundo ele, há provas contundentes do envolvimento de Antério Mânica na Chacina de Unaí. "Existe um caminhão de provas que envolve o Antério na cadeia principal da decisão do crime", afirmou Patente. A previsão é de que durante o dia de hoje sejam ouvidas entre 15 e 20 testemunhas do crime.

Entenda o caso

A Chacina de Unaí aconteceu em 28 de janeiro de 2004 e repercutiu mundialmente. Os auditores fiscais do Trabalho Erastótenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram mortos a tiros enquanto faziam uma fiscalização de rotina na zona rural de Unaí.

A Polícia Federal (PF) pediu o indiciamento de nove pessoas por homicídio triplamente qualificado: os fazendeiros e irmãos Antério e Norberto Mânica, os empresários Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro e Francisco Elder Pinheiro, além de Erinaldo de Vasconcelos Silva e Rogério Alan Rocha Rios, apontados como autores do crime, Willian Gomes de Miranda, suposto motorista da dupla de assassinos, e Humberto Ribeiro dos Santos, acusado de ajudar a apagar os registros da passagem dos pistoleiros pela cidade.

Um dos réus, o empresário Francisco Elder, morreu no último dia 7, aos 77 anos. Apesar do crime ter sido cometido em 2004, os três primeiros responsáveis pela Chacina de Unaí só foram condenados em agosto de 2013. Erinaldo de Vasconcelos Silva recebeu pena de 76 anos e 20 dias por três homicídios triplamente qualificados e por formação de quadrilha, Rogério Alan Rocha Rios a 94 anos de prisão pelos mesmos crimes.


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