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Estado de Minas

100% do dinheiro que está fora do País é ilegal, diz líder do Solidariedade

Oposicionistas consideram o tema delicado e pedem cautela no tratamento da lei da repatriação de recursos dos brasileiros no exterior


postado em 27/10/2015 18:31 / atualizado em 27/10/2015 18:36

Líderes de oposição dizem que é preciso tratar com "cautela" o projeto de lei de repatriação de recursos de brasileiros no exterior, previsto para ser votado na quarta-feira, no plenário da Câmara dos Deputados. Eles dizem que o tema é "delicado" por correr o risco de "chancelar" recursos ilegais e provenientes de corrupção.

O líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), disse nesta terça que 100% do dinheiro que está fora do País é ilegal e que "não existe ninguém no Brasil que tenha ganhado dinheiro honesto e tenha mandado para fora". "É muito ruim para o Brasil votar um projeto dessa natureza neste momento", declarou.

Maia afirmou que o projeto acarreta um déficit moral maior do que o déficit fiscal do governo. "Repatriar sem fazer análise de onde vêm esses recursos é chacota com o trabalhador brasileiro", emendou o líder, desconversando sobre o caso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de ter contas na Suíça.

Os oposicionistas discordam do texto apresentado pelo relator Manoel Júnior (PMDB-PB) e concluem que há risco de legalização de recursos ilegais. Eles afirmam que é preciso melhorar a questão da origem do dinheiro prevista no projeto que passou pela comissão especial. "O dilema é como separar o joio do trigo. O texto do relator tem de ter aprimoramento", avaliou o líder da minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE).

Meta fiscal

Após o governo anunciar que o déficit primário previsto para este ano será de R$ 51,8 bilhões, sem contar com as chamadas pedaladas fiscais, os parlamentares de oposição dispararam críticas. "Não vamos aceitar a correção da meta porque Dilma é reincidente", disse Araújo.

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), afirmou que a nova revisão mostra que há desgoverno na área econômica. Ele lembrou o conflito de opiniões entre os Ministérios da Fazenda e do Planejamento e disse que não existe unidade porque a presidente da República não arbitra, agravando ainda mais a crise. "É um governo sem planejamento, sem pauta. O governo não se acha, não se encontra", declarou.


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