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Estado de Minas

Líder do governo diz que investigações são medo de Lula voltar em 2018

Declaração foi feita um dia depois de pesquisa apontar o petista como o pré-candidato com a maior rejeição


postado em 27/10/2015 14:19 / atualizado em 27/10/2015 15:12

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), saiu em defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, com relação as investigações da Operação Zelotes, que investiga empresas de um dos filhos do ex-presidente. "É o medo de Lula voltar em 2018", disse. "Tudo o que acontece com o presidente Lula vira manchete. Não tem nenhuma acusação contra ele. Tem tanta gente acusada que fica perambulando pelo País", afirmou o líder sem mencionar nomes.

Ontem, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal deram início à terceira fase da Operação Zelotes. Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão no escritório de Luis Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente.

Também ontem, Gilberto Carvalho foi ouvido pela PF em inquérito da Zelotes. Ele foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no primeiro governo Dilma e assessorava Lula no Palácio do Planalto. Investigadores dizem que Carvalho foi citado por vários personagens envolvidos no suposto esquema de compra de Medidas Provisórias.

Ao mencionar o aniversário de 70 anos de Lula, comemorado nesta terça-feira, Guimarães disse que "o legado dele é de muita honradez" e que "ninguém fez tanto pelo Brasil e pelos pobres quanto o presidente Lula".

Ao comentar o resultado da pesquisa CNT/MDA divulgada nesta manhã e que atribuiu à presidente Dilma Rousseff 70% de avaliação negativa, Guimarães disse que a baixa popularidade afeta a governabilidade, "mas não é motivo para qualquer outra medida", em referência a um eventual pedido de impeachment articulado pela oposição.

Pauta

José Guimarães disse que o governo estabeleceu, durante reunião com líderes da base aliada, três pautas prioritárias para esta semana. No plenário, será votada a Medida Provisória (MP) 687, que trata de incentivos fiscais para o setor cinematográfico do País. O Planalto negocia a duração de tais incentivos. A comissão que tratou do assunto estabeleceu de cinco a oito anos, mas o governo insiste em dois anos.

Outro tema prioritário é o projeto de lei de repatriação de recursos de brasileiros no exterior, que deve ir ao plenário somente nesta quarta-feira, 28. Guimarães está negociando alterações com o relator da proposta, deputado Manoel Junior (PMDB-PB), para que ele desfaça algumas mudanças, retornando ao texto original do texto elaborado pelo Senado e enviado pelo governo.

Por fim, o Planalto espera votar até a manhã de quinta-feira, 29, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a Desvinculação de Receitas da União (DRU). Temas polêmicos como a extensão da desvinculação a Estados e municípios devem ser colocados em discussão apenas na comissão especial que tratará do assunto tão logo o texto saia da CCJ. "A Câmara está votando e saiu da pauta negativista da oposição", disse Guimarães.


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