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Estado de Minas

Dilma cobra fidelidade de ministros no Congresso


postado em 09/10/2015 06:00 / atualizado em 09/10/2015 08:06

Brasília – A presidente Dilma Rousseff fez a primeira reunião ministerial após o novo desenho da Esplanada, anunciado na sexta-feira, a fim de definir estratégias para lidar com os desafios do governo. Ela se comprometeu a liberar cargos ainda pendentes como uma forma de finalizar a reforma ministerial, mas, ao mesmo tempo, alertou que cobrará da base apoio nas votações no Congresso. Os titulares do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, esclareceram pontos sobre a reprovação das contas do governo no TCU, decidida por unanimidade na quarta-feira. O entendimento é de que a presidente Dilma não pode sofrer impeachment por atos praticados no mandato anterior e os esforços vão se centrar agora no trabalho da Comissão Mista de Orçamento, que precisa apreciar o relatório do TCU. Dos 31 ministros, 27 estavam presentes no encontro, além do vice-presidente, Michel Temer.

Adams deve elaborar um roteiro com perguntas e respostas sobre o tema, a ser distribuído para cada ministro a fim de sustentar a argumentação governista, segundo o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que relatou o encontro. Antes, esteve reunido com a presidente, no Palácio da Alvorada, para definir a pauta da reunião. Segundo ele, Dilma disse que a rejeição das contas no TCU é “página virada”.

DISCUSSÃO POLÍTICA
Para o petista, a discussão agora é política e “a base tem que estar bastante atenta na movimentação da oposição”. Sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que desarquivou na terça-feira ação que pode resultar na saída de Dilma e do vice, Michel Temer, Wagner negou que fosse uma derrota, já que o mérito não foi julgado, e afirmou que o objetivo do tribunal é buscar esclarecimentos.

Quanto às votações no Congresso, a postura agora será de cobrar de forma mais sistemática e objetivo o apoio da base, por meio do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, responsável pela articulação política. Na quarta-feira, o Congresso voltou a não atingir o quórum mínimo necessário na sessão de vetos. A votação era vista como um teste de fidelidade após a reforma. O Planalto minimizou o fato, alegando as trocas ainda estão sendo ajustadas. Além de evitar pautas-bomba, outra preocupação do governo é aprovar medidas do ajuste fiscal, como a recriação da  CPMF.

De acordo com Wagner, os ministros Gilberto Kassab, do PSD, e Antônio Carlos Rodrigues, do PR, se comprometeram a fortalecer a atuação no Legislativo. Já os titulares do PMDB falaram em marcar reuniões semanais com as bancadas. Em troca, o Planalto liberará os cargos pendentes da reforma ministerial, já que essa lacuna tem causado um “mal-estar” na base, na avaliação do governo.


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