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Estado de Minas

Coluna do Baptista Almeida


postado em 04/10/2015 15:00 / atualizado em 04/10/2015 15:20



A reforma saiu. Os votos virão?

Ainda é preciso conferir no painel eletrônico da Câmara dos Deputados, mas tudo indica que a presidente Dilma Rousseff (PT) nomeou, mas não levou. O primeiro grande teste não deve demorar e atende pelo pomposo nome de Contribuição Provisória (que quase virou permanente no governo Lula) sobre Movimentação Financeira, mais conhecida pela sigla.
É aposta de vários deputados: a CPMF, mesmo com os ministérios dados ao PMDB, não passa no plenário.          E isso, se chegar lá, porque pode cair antes, em especial, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Mas a conta não deve ser debitada apenas à presidente Dilma. Afinal, quem, de fato, fez a reforma ministerial, principalmente com o PMDB, foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem passado mais tempo em Brasília nos últimos dias do que em São Bernardo do Campo (SP).

Além disso, uma fera ferida está sentada na principal cadeira do plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que atribui ao Palácio do Planalto a “eficiência” da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) em encontrar contas bancárias no exterior que, aliás, ele jura que não são dele. É mais um episódio da série “Acredite, se quiser”, mas Cunha ainda tem poder de criar problemas para o governo, um atrás do outro, enquanto estiver sentado na cadeira já citada.

A reforma ministerial virou um balcão de negociatas políticas e produziu efeitos colaterais. Para ficar em dois exemplos, deixou parte do PMDB contrariada e quase todo o PT indignado. Em privado, os petistas usam até palavrões para avaliar as mudanças. Só não falam em público porque não têm coragem de contrariar o guru de São Bernardo. No PT, Lula é inatacável, pelo menos publicamente.

Em resumo, o novo ministério foi empossado com toda pompa e circunstância, mas falta ainda conferir o painel eletrônico de votações no Congresso.


LIGAÇÃO DIRETA

MÁRIO HERINGER, PRESIDENTE ESTADUAL DO PDT


Na filiação dos irmãos Ciro e Cid Gomes, o PDT foi logo lançando sua candidatura presidencial em 2018. Ciro topa?
Topa. Na verdade isso foi pré-conversado, antes mesmo da filiação. Só que ninguém deve antecipar uma campanha eleitoral, até porque é extemporâneo e ilegal.

Ciro colocou em dúvida a candidatura. É a tática de que para-choque de candidato não pode ser comprido?
Aquela resposta tinha a intenção de deixar claro que a situação do país neste momento é muito ruim. Isso não animaria uma candidatura qualquer. Inclusive a dele.

Cid Gomes vai disputar o governo do Ceará. Há outros candidatos a governador? E em Minas?
Cid Gomes vai disputar. Em outros estados, teremos candidatos a governador. Em pelo menos seis estados já temos pré-candidatos. Em Minas, pretendemos ter. Mas ainda não há um pré-candidato.

Dilma deu upgrade ao PDT, trocando o Ministério do Trabalho pelo das Comunicações. O partido vai unido para a base?
Melhora as condições de relacionamento entre o partido e o governo da presidente Dilma, mas necessariamente não sana todos os problemas.

O presidente Carlos Lupi acredita em “porteira fechada” no Ministério das Comunicações. Será?
Desde que o PT assumiu o governo, em 2003, nunca os ministérios foram excusivamente dos partidos dos ministros. O PT sempre tem o pedaço dele. E provavelmente continuará sendo assim.

Uma boa, uma ruim
A política é mesmo ingrata. Depois de conduzir pessoalmente a reforma ministerial da companheira Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu duas notícias, uma boa, uma ruim. Esta última é que ele terá de depor na Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF). A autorização é do ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF). A boa é que ele comparecerá como “informante”, seja lá o que isso significa em um escândalo deste tamanho. É, não deu nem para comemorar a posse dos ministros.

De olho em 2018
Intervenção está virando moda no ninho tucano. Desta vez, a executiva nacional do PSDB deve agir na Bahia, onde o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) quer ser, de novo, candidato à Prefeitura de Salvador. Só que o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), prefere fazer aliança com o atual prefeito, ACM Neto (DEM), que vai concorrer à reeleição. Já na disputa pela Prefeitura de Recife, a tendência, embora o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) pretenda ser candidato, é apoiar também a reeleição de Geraldo Júlio (PSB). Pelo jeito, o primeiro turno da eleição presidencial começa na briga pelas prefeituras ano que vem.

PINGA FOGO

•  Agenda da presidente Dilma Rousseff (PT) nos próximos dias. Ontem e hoje, sem compromissos oficiais. Afinal, depois de tanta negociação complicada para a reforma ministerial, é descanso merecido.

•  E amanhã, numa segunda-feira, como convém, é dia de a presidente Dilma dar posse aos novos ministros. Assim, eles terão a semana inteira para organizar o trabalho em suas novas funções.

•  Serviço de utilidade pública da coluna: a Secretaria de Estado da Saúde e a Fhemig alertam que, com a chegada da primavera, aumentam o número de casos de catapora. É comum o crescimento de registros da doença.

•  O novo cidadão honorário de Belo Horizonte é o secretário de estado de Governo, Odair Cunha (foto). Ele é de Boa Esperança, no Sul de Minas. O autor do requerimento foi o ex-vereador e hoje deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG).

•  E o Ministério Público de Contas pede a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff (PT) de 2014. Se no passado já estava assim, imagine este ano e seu déficit.

•  Ministério novo! Vida nova? A conferir nas próximas votações polêmicas na Câmara dos Deputados e no Senado. E o teste não é para a presidente Dilma. É para o ex-presidente Lula.


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