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Estado de Minas

Projeto prevê que receita da União não sofra mudanças na tramitação do Orçamento

Medida evitaria, por exemplo, que receita seja inflada para incluir emendas parlamentares


postado em 23/09/2015 17:31 / atualizado em 23/09/2015 18:36

Brasília - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) discute nesta quarta-feira projeto de lei que modifica regras para a elaboração do orçamento da União. Uma das principais mudanças do projeto é a previsão de que a receita orçamentária seja definida já na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e não possa ser mudada na tramitação do orçamento. Atualmente, o Legislativo, muitas vezes, infla receitas para acomodar emendas parlamentares, o que seria evitado com a mudança.

A proposta é que a receita aprovada na LDO seja a mesma utilizada na elaboração do projeto de Lei Orçamentária (PLOA). Novas receitas identificadas nos seis meses que separam a aprovação da LDO do início do ano fiscal só poderiam ser apropriadas durante a execução do orçamento, por meio de crédito extraordinário.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Tarcísio Godoy, disse que é preciso ter cuidado para não engessar ainda mais a gestão orçamentária. "A peça orçamentária, pelo nível de rigidez, acaba mais próxima da ficção. Na vida real, você tem que gerir os recursos", afirmou.

O projeto foi apresentado em 2009 pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas passou por mudanças e, agora, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) apresentou um substitutivo ao texto. Outro ponto prevê que, na LDO, o governo defina metas e estime receitas e despesas já contratadas para um período de quatro anos. Também determina a exclusão de receitas que não são da União da LOA, como as transferências constitucionais.

Durante a audiência, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, também criticou as regras de elaboração do orçamento brasileiro, que engessam a gestão dos recursos. "Hoje o governo federal tem uma capacidade muito limitada de gerenciar o seu próprio orçamento", afirmou.

O secretário lembrou que as receitas do governo acompanham o ciclo econômico, mas não há nenhum mecanismo para flexibilizar as despesas quando a atividade econômica é mais fraca. "A continuar esse sistema, o Brasil sempre se verá em situação semelhante a que estamos hoje, pela incapacidade do Estado de gerir despesas face ao ciclo econômico", acrescentou.


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