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Estado de Minas

CPI da Petrobras aprova convocação de José Dirceu

Ex-ministro-chefe da Casa Civil é suspeito de receber propina do esquema de corrupção


postado em 27/08/2015 11:13 / atualizado em 27/08/2015 17:02

 

Convocação do ex-ministro já era dada como certa pelo Palácio do Planalto desde a prisão dele, em 3 de agosto(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 04/11/2014)
Convocação do ex-ministro já era dada como certa pelo Palácio do Planalto desde a prisão dele, em 3 de agosto (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 04/11/2014)
A CPI da Petrobras aprovou nesta quinta-feira a convocação do ex-ministro José Dirceu para prestar depoimento. A suspeita é que o ex-chefe da Casa Civil recebeu propina por meio de sua empresa, a JD Consultoria, com contratos da Petrobras. O depoimento será colhido na próxima semana, quando a comissão se deslocará a Curitiba.

A convocação de Dirceu já era dada como certa desde que o Palácio do Planalto e a comissão negociaram a vinda do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na tentativa de preservar o ex-ministro-chefe da Casa Civil. Na ocasião, Dirceu cumpria prisão domiciliar por sua condenação no processo do Mensalão e a oposição já queria trazê-lo para depor à CPI. Os petistas conseguiram livrar Dirceu mas sabiam que, assim que fosse preso, o petista não teria como escapar da convocação.

Em votação em bloco, foram aprovadas as convocações de César Ramos Rocha (da Andrade Gutierrez), Márcio Faria (da Odebrecht), Celso Araripe de Oliveira (ex-gerente de projetos da Petrobras), Alexandrino Alencar (da Odebrecht), Jorge Zelada (ex-diretor da Área Internacional da Petrobras), Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura (considerado elo do PT e do ex-ministro José Dirceu na Petrobras) e Elton Negrão de Azevedo (da Andrade Gutierrez).

Alexandre Correa de Oliveira Romano (ex-vereador do PT), Flávio David Barra (da Andrade Gutierrez Energia) e Othon Luiz Pinheiro da Silva (ex-presidente da Eletronuclear) tiveram requerimentos de convocação aprovados. No entanto, o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), explicou que eles não poderão ser ouvidos pela CPI porque estão envolvidos nas investigações relacionadas ao setor elétrico e não à Petrobras, fugindo assim do escopo da comissão.

Também foram colocadas em votação de última hora as acareações entre o doleiro Alberto Youssef e o operador do PMDB, Fernando Soares, o Fernando Baiano. O requerimento não foi aprovado por falta de quórum.

AGENDA

Pela programação da comissão, as oitivas começarão na segunda-feira (31), a partir das 9h, com os depoimentos de Dirceu, João Antônio Bernardi Filho (da empresa Saipem), Otávio Marques de Azevedo (Andrade Gutierrez), o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, e Elton Negrão de Azevedo (ex-diretor da Andrade Gutierrez).

No dia seguinte (1º) será a vez de Marcelo Odebrecht, Márcio Faria da Silva (da Odebrecht), Rogério Santos de Araújo (executivo da Odebrecht e do estaleiro Jurong), César Ramos Rocha (executivo da Andrade Gutierrez), Alexandrino de Salles Ramos de Alencar (diretor Odebrecht) e Celso Araripe de Oliveira (ex-gerente de Projetos da Petrobras).

Na quarta-feira (2) serão ouvidos: Ricardo Hoffmann (da Borghi Lowe Propaganda e Marketing) e Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura. A CPI ainda tenta organizar uma agenda de acareações na quarta e na quinta-feira (3). (Com Agência Estado)


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