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Estado de Minas

Planalto classifica protestos como 'normalidade democrática'

Protestos levaram presidente Dilma a se reunir com principais auxiliares para avaliar adesão


postado em 17/08/2015 06:00 / atualizado em 17/08/2015 07:56

Na Esplanada dos Ministérios, grupo de manifestantes leva cartazes em que pede a saída da presidente (foto: Evaristo Sá/AFP)
Na Esplanada dos Ministérios, grupo de manifestantes leva cartazes em que pede a saída da presidente (foto: Evaristo Sá/AFP)

Brasília – O Palácio do Planalto decidiu adotar uma posição de neutralidade em relação às manifestações. O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou apenas que o Planalto “viu as manifestações dentro da normalidade democrática”. À tarde, ministros da articulação política se reuniram com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada para fazer um balanço dos protestos. Todos desviaram da entrada principal da residência oficial e preferiram uma entrada lateral para evitar a imprensa. Estiveram no encontro, além de Edinho Silva, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Defesa, Jaques Wagner, e da Justiça, José Eduardo Cardozo. Na reunião, os ministros comentaram o fato de haver um boneco inflável de Lula vestido de presidiário na manifestação em Brasília. Interlocutores do governo estranharam o fato de a alegoria ter “custado caro”.

Uma análise mais ampliada será feita hoje pela manhã, em reunião da coordenação política, agendada para as 9h, e da qual participam, normalmente, 15 ministros, além do vice-presidente, Michel Temer. A avaliação governista é de que o movimento desse domingo (16) foi menor, no entanto, é preciso ficar atento diante da gravidade do quadro político brasileiro. “O governo continua muito preocupado com as manifestações. Apesar de ausência do ‘povão’ nas ruas, de ter sido uma manifestação claramente da classe média, não dá para ignorar que milhares de pessoas foram às ruas reclamar. O clima pelo impeachment está mais brando, mas ainda tinha muito ‘Fora, PT’, ‘Fora, Lula’ e ‘Fora, Dilma’. Não tem golpe, mas a pressão contra o governo continua alta”, avaliou, reservadamente, um ministro petista. Outro integrante do primeiro escalão declarou que o “o importante é saber agir com tranquilidade, o governo começou a acertar politicamente (na semana passada)”.

O senador tucano José Serra (PSDB-SP) participou do protesto. Afirmou que estava lá como cidadão. “Vim como José. As pessoas protestam, estão impacientes, mas fazem isso de maneira pacífica e até alegre.” O tucano afirmou que o governo federal está perdido. “O Brasil está numa situação difícil, estados e municípios em frangalhos. Governo federal perdido. Quando governo não tem rumo, nenhum caminho leva a nenhum lugar”, salientou. Sobre a aproximação do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), com a presidente Dilma Rousseff, Serra minimizou: “São movimentações que ocorrem toda semana na política”.


PRESSÃO
Partidos de oposição divulgaram notas afirmando que as manifestações evidenciaram a “profunda rejeição” ao governo Dilma e que a população não aceitará a continuidade da gestão petista. Os líderes oposicionistas pregam aumentar a pressão no Congresso para que o pedido de afastamento da petista comece a tramitar no Parlamento.

“Essa manifestação foi uma vitória das forças democráticas do país”, afirmou o deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, em nota distribuída por sua assessoria. O parlamentar, que também participou do protesto na Avenida Paulista, disse que o país vive a crônica de uma “destituição anunciada”. Da mesma forma, em nota, O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), falou em “fazer ecoar na Câmara” o sentimento manifestado nas ruas.

Já o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), que também participou da manifestação em São Paulo, acredita que as manifestações não terão fim enquanto não houver o afastamento da presidente Dilma. Para o senador, o “Fora, Dilma” se transformou em “unanimidade nacional”. O presidente do Solidariedade (SD), deputado Paulo Pereira da Silva (SP), declarou, em nota, que a sigla aumentará a pressão para que Dilma “seja cassada ou renuncie para que possamos construir um novo governo sem ela e sem o PT”. (Com agências)


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