O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, nesta sexta-feira, que o país vive uma "policrise", ultrapassando a economia e a política, e que estaria aberto ao diálogo com a presidente Dilma Rousseff para "buscar soluções".
Questionado se estaria disposto a participar de reunião de Dilma com os governadores, no Palácio do Planalto, Alckmin disse não ter recebido nenhum convite, mas afirmou estar disposto a conversar: "Diálogo é sempre importante, aliás é nosso dever dialogar, buscar soluções", disse. Mas ele ressaltou: "Agora, é preciso ficar claro, primeiro, que nós estamos passando por uma crise gravíssima, uma 'policrise': crise política, crise econômica, crise social, crise ética".
Alckmin, citado com um dos nomes no PSDB cotados para disputar a sucessão de Dilma em 2018, também afirmou que o trabalhador não pode "pagar a conta de todos esses desajustes". "A gente vê com preocupação setores como construção civil, áreas importantes, retraindo e aumentando o número de desempregados."
De acordo com reportagem do Valor Econômico, a presidente Dilma articularia uma reunião com governadores para a próxima semana. No encontro a presidente iria tentar selar um pacto de governabilidade. Um dos convidados, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), disse que o Palácio do Planalto poderá chamar todos os 27 governadores. Um dos pedidos de Dilma poderá ser a mobilização das bancadas no Legislativo para aprovar a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).