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Estado de Minas

Se protestos ecoarem resultado de pesquisa, será "nitroglicerina", diz deputado


postado em 21/07/2015 13:37 / atualizado em 21/07/2015 14:03

Brasília - O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) afirmou que, se os protestos de ruas previstos para o dia 16 de agosto ecoarem os resultados negativos da pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 21, sobre a gestão da presidente Dilma Rousseff, será "nitroglicerina". Segundo a sondagem, a avaliação positiva do governo é de apenas 7,7% e 62,8% dos entrevistados se disseram a favor do impeachment da presidente.

"Você tem a maioria favorável ao impeachment, com uma avaliação positiva de 7%, não estou pegando um dado isolado. Se juntar tudo isso, é um mosaico e, se começarem as manifestações nas ruas, como a do dia 16, é nitroglicerina", afirmou ele, em entrevista ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

O peemedebista admitiu que a mistura desses fatores pode levar à "exclusão" da presidente. Ele afirmou que isso poderá ocorrer, se houver uma rejeição pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das contas do governo do ano passado, levando à abertura de um processo de afastamento de Dilma no Congresso. "As variáveis da equação estão muito fortes. O Brasil não é um país para ficar sangrando por 3 anos e meio", destacou.

Questionado se esse quadro é motivo suficiente para afastá-la, o peemedebista respondeu que é o povo, neste caso, a opinião pública, que está se afastando dela. E completou: "Acho que nenhum político quer se afastar da opinião pública. Se afastar da Dilma é se aproximar do povo." Para ele, a fórmula de distribuir cargos e emendas para acalmar a base aliada, quando o governo não reage, não tem adiantado mais.

Vieira Lima
- um peemedebista que esteve alinhado com a oposição no Congresso na gestão da petista - disse que seu partido "não tem a obrigação" de dar sustentação política a uma presidente com baixo índice de aprovação. Para o deputado, o PMDB deve começar a separar o que é política de Estado do que é de governo e citou o apoio que a legenda deu ao ajuste fiscal aprovado pela petista no Congresso. Ele disse que é o governo e Dilma quem estão "fazendo mal" ao País.


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