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Estado de Minas

Dilma e Aécio acirram debate político

Senador rebate declaração da presidente, que chamou de golpistas os que preveem sua saída antecipada do governo. Para tucano, tudo o que contraria os petistas é chamado por eles de golpe


postado em 08/07/2015 06:00 / atualizado em 08/07/2015 08:11


A posição tomada pelo PSDB na convenção nacional desse fim de semana, de se colocar como alternativa para assumir o governo caso o atual não se complete, acirrou o embate entre tucanos e petistas e provocou nessa terça-feira (7) nova troca de acusações entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). A petista disse que a parte da oposição que prevê sua saída antecipada é “um tanto golpista” e o tucano reagiu, dizendo que tudo que contraria os interesses do PT, para eles é chamado de golpe.


Dilma questionou se os opositores confundiram seus desejos com realidade ou se têm alguma base real para tirá-la do Palácio do Planalto. “Isso do ponto de vista de uma certa oposição um tanto quanto golpista. Não vou terminar (o mandato) por quê? Para tirar um presidente da República tem que explicar por que vai tirar”, afirmou. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a petista repetiu várias vezes que não vai cair e desafiou os adversários a provarem que ela mexeu em um tostão dos brasileiros. “Alguns podem até tentar, não tenho controle disso. Não é necessário apenas querer, é necessário provar”, afirmou. Dilma disse não ter medo das críticas e acusações enfrentadas e comentou o boato que circulou de que ela teria tentado suicídio. Ela disse que nem sob tortura no período da ditadura fez isso.


Aécio não demorou para rebater. “O discurso do golpe que vemos hoje assumido pela presidente da República e repetido pelos seus ministros e pelos petistas nada mais é do que parte de uma estratégia planejada para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileiras no momento em que pesam sobre a presidente e seu partido denúncias da maior gravidade”, afirmou. Segundo o tucano, se o Tribunal de Contas da União aponta irregularidades nas manobras fiscais do governo ou se o Tribunal Superior Eleitoral investiga as ilegalidades nas contas eleitorais, para o PT “trata-se de golpe”. “Na verdade, discurso golpista é o do PT, que não reconhece os instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia”, disse.


Mais tarde, o senador usou a tribuna do Senado para sair em defesa da oposição. “Não somos golpistas. Se a presidente tiver condição de cumprir o seu mandato presidencial, que o faça. Essa é a regra que aí está. E se não conseguir cumpri-lo, não será pela ação da oposição, será porque burlou a lei, será porque violentou as nossas instituições”, afirmou. Em seguida, em entrevista coletiva, Aécio disse que não é com o PSDB que Dilma tem que se preocupar, mas com os tribunais que irão julgá-la. “Qualquer que seja o desfecho desse processo, seja a continuidade do seu mandato até 2018, ou, por razões que não dependam de nós, até a sua interrupção, nós só aceitaremos que isso ocorra pela via constitucional”, afirmou. Sobre o desafio da presidente para que tentem derrubá-la, o tucano disse se sentir consternado por ver “o tamanho do desequilíbrio” de Dilma. Aécio garantiu que não torce para um desfecho traumático para o país, mas que a presidente vem perdendo sua condição de governabilidade. No domingo, o presidente do PSDB e os principais líderes tucanos fizeram várias críticas ao governo Dilma e falaram na possibilidade de ela não terminar seu mandato. Aécio afirmou que a gestão da petista “pode ser mais breve do que alguns imaginam”.

MANIFESTO Também em resposta ao clima de instabilidade política de Dilma, parlamentares de 10 partidos aliados da petista assinaram manifesto de apoio a ela. “Os líderes e dirigentes partidários abaixo-assinados manifestam seu apoio à presidente e ao vice-presidente da República. E reafirmam seu profundo respeito à Constituição Federal e seu inarredável compromisso com a vontade popular expressa nas urnas e com a legalidade democrática”, registraram integrantes do PT, PMDB, PDT, PCdoB, PROS, PSD, PR, PRB, PHS e PSDC.


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