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Estado de Minas

PSDB quer ver acordo de delação de Pessoa antes de depoimento ao TSE


postado em 07/07/2015 20:49

Brasília, 07 - Os advogados do PSDB entraram com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso aos termos do acordo de delação premiada firmado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, antes do depoimento do empreiteiro à Justiça Eleitoral, na próxima semana. Pessoa será ouvido no dia 14 na ação de investigação eleitoral que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode gerar a cassação de mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer.

A expectativa de tucanos é que o empreiteiro aponte ligações entre o esquema de corrupção na Petrobras e doações realizadas à campanha eleitoral da petista. Em delação premiada, o dono da UTC citou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da petista em 2014, ao detalhar repasses de R$ 7,5 milhões para ajudar a reeleger a presidente.

A defesa do PSDB quer conferir se Pessoa tem alguma restrição imposta pelos investigadores no acordo de delação para saber o que poderá ser dito pelo empreiteiro à Justiça eleitoral, já que o conteúdo das revelações permanece em segredo. O pedido foi protocolado no fim desta tarde no STF e deve ser encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte.

Zavascki tem negado pedidos de acesso ao conteúdo da delação de Pessoa, mas desta vez terá de analisar se o termo do acordo - que contém as condições impostas e benefícios recebidos pelo empreiteiro por delatar - também deve ser mantido em segredo. Advogados do PSDB argumentam, segundo confirmaram à reportagem, que é necessário ter conhecimento das restrições do dono da UTC antes do depoimento ao TSE.

Antes de Pessoa, outros dois delatores prestaram depoimento à Justiça eleitoral na investigação da campanha de reeleição de Dilma Rousseff. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef prestaram depoimento no processo, mas já em período em que as delações premiadas estavam públicas. (Colaboração de Talita Fernandes)


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