A tão esperada obra de ampliação do metrô de Belo Horizonte dependerá de uma reviravolta no cenário econômico para sair do papel e, mesmo com um ambiente favorável, pode ficar para 2020. Conforme antecipou o Estado de Minas na edição de nessa terça-feira, este ano haverá pouco avanço e o novo prazo estimado para a entrega da obra é de cinco a oito anos. Em visita à capital mineira nessa terça-feira, onde se reuniu com o governador Fernando Pimentel (PT) e com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), citou o cenário de ajuste econômico para justificar os poucos repasses para 2015 e não falou em prazos para o início da obra. Segundo Kassab, o ministério avalia um repasse de R$ 150 milhões até dezembro, que poderão ser usados para revisar projetos e iniciar as melhorias na linha 1 (Vilarinho/Eldorado).
Para a área de habitação, o ministro anunciou que a presidente Dilma Rousseff (PT) deverá lançar a terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida em agosto, com previsão de 300 mil unidades para Minas Gerais. Kassab garantiu ainda que o governo federal tem acompanhado com atenção as obras para garantir o abastecimento de água na capital mineira.
Após o encontro, Marcio Lacerda lamentou os adiamentos na expansão do metrô e afirmou que a prefeitura depende dos repasses federais para que a obra avance. O prefeito apontou também a determinação do governo de Minas em revisar os projetos elaborados entre 2013 e 2014 como um dos pontos que comprometeram o andamento do cronograma inicial. Ele lembrou que, em 2011, a presidente Dilma esteve em BH para anunciar a liberação de recursos, sendo que o primeiro repasse foi feito no final de 2012. “A tendência é não serem assinados novos contratos este ano. Talvez a partir do ano que vem”.