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Estado de Minas

Em propaganda partidária, PSDB contra-ataca com a arma do PT

Partido veicula hoje à noite propaganda de 30 segundos com ataques ao partido trabalhista. Estratégia é semelhante à adotada por petistas durante a campanha de Dilma


postado em 10/05/2015 07:00 / atualizado em 10/05/2015 08:58

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodução)

O PSDB veicula hoje, em rede nacional, uma propaganda partidária de 30 segundos que usa tática parecida com a adotada pelo PT na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Sem fazer menção ao pedido de impeachment que está sendo estudado pelo partido, a inserção tucana exibe uma família desabrigada debaixo de um guarda-chuva, sob um temporal , em um ambiente sombrio e fundo musical fúnebre. A mãe carrega nos braços um bebê recém-nascido. De repente o guarda-chuva é retirado bruscamente.

 

“Economia parada, preços subindo, desemprego aumentando e, justo agora, quando você mais precisa, o governo aumenta impostos, a luz, os juros, a gasolina e quer cortar o seguro-desemprego. Quando você mais precisa, o governo quer que você pague a conta dos erros que ele cometeu. Chega!”, diz o locutor. O vídeo, que será exibido hoje entre as 19h30 e as 22h, em todas as tevês abertas, foi divulgado ontem à tarde pelo comando do PSDB e também postado na página do senador Aécio Neves (PSDB) no Facebook. Até o início da noite, ele tinha cerca de 400 mil visualizações.

 

Ano passado, durante a campanha, um vídeo parecido foi feito pela campanha de Dilma, coordenada pelo marqueteiro João Santana. A peça mostrava também um ambiente escuro e chuvoso, com pessoas sendo demitidas, passando fome e esmolando no sinal de trânsito. Batizada de “Fantasmas do passado”, a propaganda era uma referência negativa aos anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Como contraponto, o comercial exibia pessoas durante o governo do PT sorridentes, trabalhando, tendo acesso à saúde e se divertindo, tudo colorido e em alto-astral.

 

Suspenso Esse vídeo foi exibido antes do início oficial da campanha eleitoral, em maio, e acabou suspenso por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pedido do PSDB. Ele foi suspenso porque a Justiça Eleitoral entendeu que a peça sinalizava, de maneira dissimulada, para a continuidade do atual governo, com associação de imagens e ideias negativas ao passado. Durante o segundo turno, ela voltou a ser usada em inserções eleitorais.

 

Estratégia similiar foi usada por Fernando Henrique Cardoso em 1998, quando tentava a reeleição, na disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva, derrotado pelo tucano. Nessa campanha, alguns comerciais do PSDB também faziam referências negativas a um eventual governo petista, usando também imagens sombrias e tentando incutir o medo.


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